O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), saiu em defesa da volta do horário de verão nesta segunda-feira (16/9), frente à iminência de estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que podem embasar a decisão. Em entrevista ao Estado de Minas, o titular da pasta no governo Lula disse que a medida é provável para o próximo ano, além de ser importante para o planejamento do sistema elétrico.


 

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“A questão do horário de verão é uma questão contextual. Ela tem um impacto energético, além de impactos econômicos e sociais, e tudo precisa ser discutido de uma forma mais ampla. É muito provável que ele aconteça para que a gente possa planejar melhor 2025 e 2026 dentro de uma afirmação que eu posso fazer peremptoriamente: neste ano não temos problemas energéticos”, declarou.

 



Segundo o ministro, a ideia é evitar mais despachos das usinas térmicas, que são acionadas para complementar o sistema formado pelas hidrelétricas, nucleares, eólicas e solares. Ainda de acordo com Silveira, o índice pluviométrico das represas chegou ao menor nível dos últimos 94 anos, e o planejamento é essencial para garantir a “segurança energética nacional”.


“O que dá segurança energética para o sistema ainda são nossas hidrelétricas, que são energias firmes e moduláveis, nossas (usinas) nucleares e nossas térmicas. Quando perdemos no fim da tarde os 26 gigas de energia solar, porque naturalmente o Sol vai embora, e a gente não gera essa energia, precisamos de fazer mais despacho de térmica, e com isso a gente diminui a resiliência do sistema”, explicou.


 

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o país passa pela pior seca registrada das últimas quatro décadas. O órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, destaca que o fenômeno começou a se manifestar no segundo semestre de 2023 e se intensificou entre os meses de maio e agosto deste ano. Em Belo Horizonte, por exemplo, não chove há mais de 150 dias.


Silveira destaca que as medidas de planejamento do ministério mantêm os reservatórios em um nível de 11% de água, fazendo com que o governo esteja preparado para evitar cenários de apagões. As declarações do ministro foram concedidas ao Estado de Minas após entrevista para o "EM Minas", programa da TV Alterosa e Portal Uai que vai ao ar no próximo sábado (21/9).

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