A candidata do PDT à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Duda Salabert, está espalhando mudas pela cidade. Com a proposta de “Lixo Zero” ao longo de sua campanha – sem quaisquer tipos de materiais impressos, de acordo com ela –, a proposta é colocar o nome da candidata nas ruas de forma sustentável, substituindo as bandeiras comumente vistas com o nome e o número de candidatos a prefeito e vereador.


Reforçando o refrão de seu jingle “Muda com Duda”, a pedetista esteve nesta quarta-feira (18/9) na Praça Sete para anunciar este novo movimento em sua campanha, regando mudas de podocarpo, árvore da família dos pinheiros.

 



 

“Estamos mostrando que é possível fazer uma campanha que respeite o meio ambiente. Não imprimimos nenhum santinho, panfleto, adesivo. Em vez de distribuirmos cartazes, que poluem o meio ambiente, nós estamos colocando árvores pela cidade. Logo após as eleições, elas serão plantadas para suprir a quantidade de árvores que morreram em Belo Horizonte devido às secas e à falta de uma política de combate aos incêndios na capital. Vamos mostrar que é possível ganhar as eleições de forma ecologicamente correta”, declarou a candidata.


Duda também relembrou que durante suas campanhas para vereadora e deputada federal, seguiu a mesma proposta e conseguiu angariar um número expressivo de votos.


 

“Fui eleita vereadora com recorde de votos. Sem imprimir nenhum papel, fizemos quase 40 mil votos. Também fui eleita deputada federal por Minas Gerais, e fui a mais votada na história de Minas, sem imprimir nenhum papel. Agora, vamos ganhar a Prefeitura sem imprimir nenhum papel, e isso é um gesto que mostra o nosso compromisso com a luta ambiental. Somos a única candidatura climática em Belo Horizonte, e ao invés de poluirmos a cidade, estamos colocando árvores com o nosso número embaixo”, explicou.


Dentre as suas propostas na pauta, estão um plano de crescimento ecológico arborizado para o município, a volta de Belo Horizonte como cidade jardim, a criação de novos parques para a defesa da Serra do Curral e a despoluição da Lagoa da Pampulha. Ela já havia declarado que, caso não haja melhora significativa na qualidade da água do local, renunciará.


 

“Somos a única campanha que colocou no plano de governo um debate sobre a melhoria da qualidade do ar, o que mostra o nosso compromisso com a pauta ambiental. Os outros candidatos, infelizmente, são marcados por um grande negacionismo no contexto de crise climática e hídrica”, disse.


A candidata também voltou a falar da “máfia do lixo” que, segundo ela, é comprovada por um contrato criminoso do ponto de vista ambiental e social.


 

“Esse contrato obriga Belo Horizonte a aterrar, por dia, 3100 toneladas de lixo, sendo que a cidade gera, em média, por dia, 2900 toneladas. Ou seja, é aterrar mais do que geramos, e o município pode ser multado por isso, porque impede o avanço da coleta seletiva e o investimento em mais políticas públicas e estrutura para os catadores. Hoje, não somos uma capital ecologicamente correta. Belo Horizonte recicla 0,55% dos seus resíduos. Se eu for eleita, vamos triplicar essa meta, e mesmo assim vou ficar com vergonha, porque é muito pouco”, declarou.


Duda também apresentou suas propostas para a região central da capital, visando o incentivo à construção de moradias populares e ao comércio.


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“É preciso fazer um trabalho de requalificação da área central. Temos vários imóveis abandonados ou vazios por aqui que, parte deles, pode ser transformado em moradia para que o trabalhador more perto de onde trabalha. Mas além disso, os outros imóveis abandonados que não forem utilizados em moradia popular, vamos trazer grandes empresas de tecnologia e inovação, para que BH também se torne um polo de grandes startups”, finalizou.

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