Após ser agredido por uma cadeira pelo candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), durante um debate realizado pela TV Cultura, a equipe do também candidato Pablo Marçal (PRTB) postou em suas redes sociais um vídeo em que ele aparece em uma ambulância, com uma máscara de oxigênio, correndo para o hospital Sírio Libanês.

 

 

As imagens, que ganharam as redes e foram tratadas por críticos com deboche e com preocupação por apoiadores, foram armadas, revelou o próprio candidato em um vídeo que circula nas redes sociais.

 



 

"Eu precisava daquela ambulância. Eles queriam fazer uma cena esse povo aí", afirma Marçal, apontado sua equipe. Ele afirmou que "dava para ir correndo para o hospital", disse.

 

A fala foi feita pelo autodeclarado ex-coach em cima de um móvel para o público.

 

"Cadeirada é o de menos. O que a gente está sofrendo com esses caras. Eu tomo mais umas dez dessa por semana, mas não arrego. Para quem não é bobo e sabe ler [cenário], eu dava conta de segurar aquela cadeira, dava conta de agredir aquele cara (Datena), mas fiz questão de levar para sentir mesmo, de verdade", afirmou o candidato.

 

 

No final, o candidato afirmou que o momento não é de apresentar propostas e que vinha mostrando sua pior versão e agora que irá mostrar a melhor.

 

"Esse período não é período de proposta. Aprende a jogar. É período de mostrar quem as pessoas são. Eu já mostrei minha pior versão, agora vou mostrar a boa", concluiu.

 

No debate promovido pelo SBT nesta sexta-feira (20/9), o candidato adotou um tom mais ameno e pediu "desculpas" pelo comportamento que vinha adotando.

 

Nas últimas semanas, Marçal acusou Datena de ter assediado uma ex-repórter. O caso foi extinto porque a denúncia foi feita fora do prazo legal previsto na legislação da época.

 

Ele também acusou a candidata Tabata Amaral (PSB) de abandonar o pai para ir estudar nos Estados Unidos, o que é mentira. O pai da pessebista, que enfrentava problemas com drogas, tirou a própria vida. A tragédia ocorreu na semana em que a candidata foi aceita em Harvard. Tabata classificou os atos de Marçal de "nojento", "criminoso" e "perverso".

 

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As pesquisas também apontam que a tática de Marçal fez com que ele aumentasse em 17 pontos percentuais sua taxa de rejeição, chegando a 47%. O que, segundo levantamento, mostra que ele é superado pelos principais nomes da corrida eleitoral.

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