Com a proximidade do primeiro turno das eleições para Prefeito de Belo Horizonte (PBH), o Estado de Minas buscou entender um pouco melhor qual a relação dos 10 candidatos e candidatas com a cidade que almejam administrar pelos próximos quatro anos. A capital mineira conta com uma diversidade de lugares para os mais diferentes estilos de pessoas, sejam bares para os boêmios, pistas para os atletas, parques para os amantes da natureza ou apenas um local para apreciar a cidade.

 

 

O ponto da cidade preferido da maioria dos candidatos é a Lagoa da Pampulha, tendo sido mencionada por Lourdes Francisco (PCO), Rogério Correia (PT) e Bruno Engler (PL), sendo que este ponderou ser o ponto da cidade que ele mais gosta, apesar de o cartão-postal “estar mal cuidado”.

 



 

A efervescência na região central foi apontada como a preferida por outros dois candidatos. A Praça Sete, que é um tradicional ponto de manifestações políticas, culturais e por onde passam todos os dias milhares de belo-horizontinos, é o local preferido da candidata Duda Salabert (PDT). Menos específico, Gabriel Azevedo (MDB), também indicou o Centro, onde ele reside, como seu lugar predileto.

 

 

O prefeito Fuad Noman (PSD) disse estar encantado com a prefeitura e que lhe “dá muito prazer ser prefeito”, mas que o seu sítio é o ponto preferido em BH. Quem também mencionou como lugar preferido um local de aconchego foi a candidata Indira Xavier (UP), que citou sua casa no Aglomerado do Morro das Pedras, na Região Oeste da cidade. Mauro Tramonte (Republicanos) não apontou um lugar, disse preferir a cidade de Belo Horizonte inteira.

 

 

É muito comum que pessoas subam em pontos altos das cidades para observá-las por cima. Dois mirantes foram mencionados pelos candidatos Carlos Viana (Podemos) e Wanderson Rocha (PSTU). O primeiro disse gostar do Mirante Mangabeiras, na Região Centro-Sul; Rocha citou o Mirante da Torre de TV, em Venda Nova.

 

A Lagoa da Pampulha recebeu o maior número de menções, apesar de um dos candidatos ter realçado a má-qualidade da água como um problema

Leandro Couri/EM/D.A Press

 

Uma lembrança de BH

As memórias e momentos marcantes que os candidatos à PBH têm em relação à capital mineira são os mais diversos. O primeiro contato com a cidade, momentos da infância e adolescência, educação e até eventos esportivos foram apontados como algo icônico que eles relacionam à cidade.

 

 

Para Indira Xavier (UP), que veio de Maceió (Alagoas) e mora na capital mineira há quase 10 anos, a primeira ida à Praça do Papa, um dos principais pontos turísticos de BH, foi o momento citado. “A primeira vez que eu fui na Praça do Papa à noite, pra mim, parecia um mar cintilante. Quando você vai no mar à noite, a lua está cheia e ficam aquelas luzes refletindo na água.”

 

Já os candidatos Bruno Engler (PL), Gabriel Azevedo (MDB), Duda Salabert (PDT) e Fuad Noman (PSD) citaram acontecimentos de suas infâncias e juventudes.

 

O Parque Municipal Américo Renné Giannetti também foi lembrado pelos concorrentes à PBH

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

 

O primeiro, que nasceu em Curitiba (Paraná), mas é de família mineira, citou os natais na casa da avó como a lembrança mais marcante da cidade. “São as melhores memórias da minha infância”, afirmou.
Azevedo mencionou um hábito que é realizado por outras pessoas e que ainda pode ser visto para quem se detém por alguns instantes em frente ao Parque Municipal. “Ir caminhando na Afonso Pena para o Instituto de Educação, enquanto ia tamborilando os dedos pelas grandes do Parque Municipal com uma mão e sendo levado pela minha família pela outra. Vez ou outra, ainda caminho por ali e faço isso para recordar.”

 

A ida à Galeria Ouvidor comer na célebre Pastelaria Ouvidor é algo que foi e ainda é feito por muitos belo-horizontinos. “Tenho uma lembrança afetiva do melhor pastel do mundo, que é o da Galeria Ouvidor. Carregar um monte de sacola que a gente comprou na Ouvidor, comer um pastel quente e tomar um caldo de cana”, relembrou Duda Salabert.

 

Trabalho e lazer

O prefeito Fuad Noman, que foi criado no Padre Eustáquio, citou momentos de trabalho e também o principal parque da cidade como lembranças que marcam sua vida na capital mineira. “Ia engraxar sapato na porta da igreja; trabalhar como entregador de roupas da lavanderia do Monteiro, que ficava perto de casa; e trabalhava no restaurante do meu pai. Eram coisas que me davam muito prazer em fazer”. Já no Parque Municipal, Fuad alegou que ia na mocidade. “Ia remar canoa lá pra arrumar namorada”.

 

A Galeria Ouvidor, em especial um pastel vendido lá, ganhou voto de uma candidata

Tulio Santos/EM/D.A Press
 

 

Momentos esportivos também marcaram as memórias dos candidatos. Fuad, que é conselheiro benemérito do Atlético, mencionou o hábito de ver futebol como uma lembrança da cidade. O amor pelo clube – que é partilhado por cinco candidatos – também foi citado por Wanderson Rocha (PSTU), que respondeu imediatamente e de forma sucinta quando perguntado sobre uma lembrança marcante: “Quando o Galo foi campeão da Libertadores”.

 

Lourdes Francisco (PCO), nascida no Norte de Minas Gerais, tem como lembrança da capital o momento em que concluiu suas graduações na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Quando vinha na UFMG cumprir algumas coisas que eu fazia na graduação e buscar meu diploma em história e geografia”, afirmou.

 

“Poder andar a pé nas noites e madrugadas, cruzando o viaduto de Santa Tereza, indo para o Sagrada Família”, afirmou Carlos Viana (Podemos), que comentou que a prática não ocorre mais por questão de segurança. Já o candidato Rogério Correia (PT) citou um dos bares mais conhecidos da cidade, onde sempre é possível ver amigos e famílias juntos, e recordou de sua amiga, a ex-deputada federal Jô Moraes (PCdoB). “(Cantina do) Lucas, no Maletta, é uma lembrança boa de juventude. Vou ainda. Quem gosta muito de lá é a Jô Moraes. É o lugar preferido dela”, disse. O apresentador de TV Mauro Tramonte (Republicanos) mencionou uma lembrança recente de BH. “Quando o povo me abraçou quando falei que seria candidato”, comentou.

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