O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou que o acordo pelo rompimento da barragem de Mariana vai render R$ 167 bilhões aos cofres de Minas Gerais a título de ressarcimento. Em entrevista ao EM Minas, nesse sábado (21/9), o titular da pasta do governo Lula disse que o acordo está encaminhado em termos econômicos.

 

 

 

 

“A boa nova que eu trago pra Minas, se é que existe em um caso tão grave e pelas vidas ceifadas, e essas não tem preço, é que o acordo em termos econômicos está muito bem encaminhado. Serão R$ 100 bilhões de dinheiro novo, mais R$ 37 bilhões de quitação dos recursos aplicados através da fundação Renova, e mais R$ 30 bilhões de obrigações. Será o maior acordo do planeta, R$ 167 bilhões de reais que vem minimizar os impactos tão graves criados por esses dois trágicos acidentes”, disse.

 



No início do mês, o presidente Lula visitou Minas Gerais e sinalizou que o acordo poderia ser assinado em outubro. Em 2015, o rompimento da barragem da mineradora Samarco, empresa controlada pela Vale e a BHP Billiton, liberou 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério, matando 19 pessoas e impactando as comunidades do Rio Doce.

 

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Segundo Silveira, as negociações se arrastaram porque o valor que estava sendo pactuado no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) estava muito aquém da indenização devida pelas empresas. O ministro ficou responsável pelas negociações econômicas do acordo, enquanto o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, cuidou da parte técnica e jurídica.

 

 

Silveira também criticou o acordo de Brumadinho, afirmando que os valores pactuados estão sendo pulverizados para projetos de governo. “Eu recebi lideranças de Brumadinho nos últimos dias, todas muito preocupadas, porque agora em 2026 acaba o auxílio pago aos moradores e acaba, conforme o acordo, os recursos que a Vale emprega na saúde pública da cidade. Os danos psicológicos e ambientais são permanentes e muito graves no município de Brumadinho”, destacou.

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