O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, admitiu nesta terça-feira (24/9), em Montes Claros, no Norte de Minas, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá se encontrar com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, antes do primeiro turno da disputa, marcado para 6 de outubro, dependendo da agenda presidencial.

 



 

No entanto, ressaltou que uma reunião entre Lula e o prefeito da capital não deve ser interpretada como um sinal de apoio do presidente da República ao representante do PSD. “O presidente Lula já tem um candidato em Belo Horizonte: ele gravou para Rogério Correia”, disse Padilha, referindo-se ao deputado federal que disputa a eleição pelo PT na cidade.

 

Por outro lado, o ministro confirmou que houve um pedido para o encontro entre Fuad e o presidente da República, dentro de “uma agenda de execução de obras e continuidade dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)” na capital.

 

 

 

“Para isso, o governo federal estará sempre aberto”, assegurou Padilha, ressaltando que a gestão Lula mantém uma “relação extremamente positiva” com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para garantir a execução das obras financiadas com recursos da União no município.

 

“Paz e amor”

 

Padilha também afirmou que a recomendação do presidente Lula para os candidatos da base do governo que se enfrentam nas disputas para as prefeituras é adotar uma campanha de “paz e amor”. Segundo o ministro, essa estratégia visa evitar rusgas entre aliados que possam comprometer a sustentação do governo no Congresso Nacional.

 

“Em primeiro lugar, (a recomendação do presidente Lula) é adotar uma postura de não agressão (entre os aliados). O governo atual tem uma frente ampla que governa o país e colocou o Brasil no rumo certo. Vários partidos e lideranças importantes se uniram ao governo do presidente Lula, especialmente após o dia 8 de janeiro, por repudiarem as práticas de vandalismo e a tentativa de golpe ocorrida naquele dia”, afirmou Padilha.

 

O ministro também lembrou que o presidente Lula, em reunião com todos os integrantes de seu ministério, orientou sobre a postura de “paz e amor” na campanha municipal. “O presidente Lula destacou que, embora todos sejam filiados a partidos políticos e tenham a liberdade de participar ativamente do debate e da disputa eleitoral, é fundamental manter uma postura de respeito, evitando agressões, divergências e ataques entre os candidatos que apoiam sua candidatura”, disse.

 

“Ao mesmo tempo, o presidente Lula afirmou que alertaria aqueles que o defendem e reforçaria aos ministros que, ao participarem do debate eleitoral, trouxessem à tona os investimentos realizados pelo seu governo em Minas Gerais”, completou.

 

Extrema direita em MG

 

O chefe da pasta das Relações Institucionais declarou que a orientação do governo é que seus aliados tenham como meta, nas eleições municipais, o enfrentamento e a derrota da extrema direita. “Mais do que paz e amor, (a recomendação do governo) é a não agressão. Infelizmente, estamos presenciando uma extrema direita pervertida no país. Aqui em Minas Gerais, temos ícones dessa extrema direita que transformaram o processo eleitoral em um ambiente de violência e ódio, onde predominam ataques e agressões”, declarou o ministro, sem citar nomes.

 

Durante sua viagem a Montes Claros, Padilha foi recebido no aeroporto pelo deputado federal Paulo Guedes (PT), que concorre à prefeitura da cidade, e pelos deputados estaduais petistas Leninha Souza e Ricardo Campos, que têm base na região. Ele visitou a fábrica da gigante farmacêutica Eurofarma, que está sendo construída no município.

 

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Antes da visita, Padilha fez uma parada em uma churrascaria local, onde gravou uma mensagem de apoio em vídeo para diversos candidatos a prefeito filiados ao PT ou coligados com o partido do presidente Lula em vários municípios do Norte de Minas. Durante sua estadia, também gravou uma mensagem de apoio ao deputado federal Paulo Guedes e participou de um comício do petista em um bairro da cidade.

 

Ele destacou os investimentos do terceiro governo Lula em Minas Gerais, mencionando as áreas de educação (institutos federais), saúde, energia, logística e as obras de rodovias.

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