A deputada Bella Gonçalves (PSOL), vice na chapa de Rogério Correia (PT), elogiou sua rival Duda Salabert (PDT) durante a sabatina do jornal Estado de Minas, nesta quinta-feira (26/9). Ao classificar a ex-companheira de Câmara Municipal como “legal”, também não hesitou em criticar o PDT, partido ao qual Duda pertence.

 

 

 


Bella foi a nona entrevistada na série de sabatinas em parceria com o Portal Uai. “Acho legítima a candidatura da Duda. Meu sonho, e trabalhei mais de um ano por isso, era a unificação de uma candidatura. Desde o início, afirmei: ‘Não importa se serei eu, a Duda ou o Rogério na cabeça de chapa. Temos mais chances se estivermos unidos.’ Em função de uma construção nacional, incluindo o presidente Lula, iniciamos essa aliança com o PT e avançamos nas conversas com Duda, mas, infelizmente, não obtivemos sucesso”, declarou.

 

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“Acho isso uma pena, pois fragmenta o campo progressista em Belo Horizonte. Contudo, não estamos aqui para apontar culpados, mas sim para apresentar nosso programa para a cidade e alcançar nossos objetivos. Tenho todo respeito e toda admiração pela companheira Duda”, continuou.

 

Bella ressaltou que o principal problema de Duda é seu pertencimento ao PDT. “Muitas pessoas me perguntaram: ‘Nossa, Bella, você é LGBT e mulher, por que não se uniu à Duda?’ E tentei explicar: ‘Gente, a Duda é uma pessoa incrível, mas o partido dela não é.’ O PDT conta na Assembleia Legislativa com um deputado ligado à mineração e outro envolvido com a máfia do transporte. Portanto, sim, o partido importa, o coletivo importa, os movimentos sociais importam. Venho de uma trajetória ligada aos movimentos sociais, e isso é fundamental para mim”, concluiu.

 

Tramonte e Engler


Bella também comentou sobre seus atuais colegas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL), ambos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. “Vou aproveitar para dizer a Belo Horizonte, para quem está nos ouvindo: nossa luta é por Tramonte nunca e Engler jamais. Mauro Tramonte, como já podemos ver pela queda no número de votos, é um apresentador de televisão que não fez nada de significativo por Minas Gerais como deputado. Ele foi completamente ausente nos debates e formou uma chapa estranha com Zema e Kalil. Prevejo que, se ele chegar à prefeitura, começará uma disputa por cargos e secretarias já no primeiro dia de governo”, afirmou.

 

“Além disso, ele representa o projeto do governador Romeu Zema. Tramonte votou a favor do aumento de 300% no salário do governador, enquanto se posicionava de forma confortável em relação ao arrocho dos servidores públicos e às privatizações”, acrescentou.

 

Segundo Bella, Mauro Tramonte é um representante do projeto de destruição do serviço público e, por isso, não o vê como uma alternativa.

 

“Já o Bruno Engler, que aparece nos debates sempre ‘arrumadinho’ e moderado, é a mesma pessoa que, na Assembleia, defendeu a ditadura militar, atacou deputadas mulheres, apoiou os atos de 8 de janeiro, foi contra a vacinação e apresentou projetos de lei para questionar a vacinação contra a Covid-19. Ele também é o deputado que aprovou a chamada 'Lei de Liberdade Econômica', usada pelo estado para facilitar o contrabando de minério de ferro em Minas Gerais”, concluiu.


Sabatinas

Desde a última semana, o Estado de Minas já entrevistou cinco candidatos à vice-prefeitura de Belo Horizonte. A série começou com Álvaro Damião (União Brasil), vice de Fuad Noman (PSD), e seguiu com Coronel Cláudia (PL), companheira de chapa de Bruno Engler (PL); Francisco Foureaux (PDT), que disputa ao lado de Duda Salabert (PDT); Paulo Brant (PSB), parceiro de Gabriel Azevedo (MDB); Renata Rosa (Podemos), que disputa o pleito com Carlos Viana (Podemos), e Andréa Carla Ferreira (PSTU), vice de Wanderson Rocha (PSTU), Luisa Barreto (Novo), vice de Mauro Tramonte (Republicanos), e Geraldo Neres (UP), vice de Indira Xavier.

 

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