O candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Rogério Correia, repercutiu a migração de parte dos correligionários da esquerda para o lado de Fuad Noman (PSD), que disputa a reeleição no pleito municipal. Nesta quinta-feira (26/9), lideranças e militantes que anteriormente haviam declarado apoio a Correia lançaram o manifesto "BH democrática, progressista e popular", no qual conclamam o chamado voto útil em Fuad. O movimento coletou assinaturas de mais de 500 pessoas, inclusive de membros de movimentos sindicais.

 

 

Para Correia, trata-se de um ato de desespero do adversário na corrida eleitoral. "É impressionante e sintomático o desespero do prefeito Fuad agora, no fim das eleições", disse. "Ele me cria dois factoides no dia, pior que gastando dinheiro público. O primeiro factoide é ir a Brasília conversar com o terceiro escalão do governo Lula para ver duas coisas que eu já resolvi", prossegue. 

 

O candidato petista refere-se a uma viagem de Fuad à capital do país nessa quarta-feira (25/9), para articular verbas do Governo Federal para a construção de dois viadutos no Anel Rodoviário de Belo Horizonte e erguer um novo bairro no terreno do antigo Aeroporto Carlos Prates. "Isso é assunto já resolvido, ele sabe disso; eu já resolvi", declara Correia, puxando para si, como deputado federal, tais negociações. 

 



 

Quanto ao manifesto, o candidato do PT minimizou os efeitos. "Fazer um ato hoje, com pessoal de cargos comissionados, com pessoas que não são lideranças em Belo Horizonte, para tentar dizer que está alavancando votações do campo que é adversário dele, também não condiz com a verdade. Foi outro fiasco", rebate. "É só pegar fotos, vocês vão ver quantos cargos comissionados estavam lá", afirma Correia.

 

Por fim, o representante do PT nas eleições municipais ainda aproveitou para alfinetar Fuad, contra o qual foi protocolada uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral pelo candidato Gabriel Azevedo (MDB). O adversário pede a inelegibilidade, por oito anos, dele e do vice Álvaro Damião (União). "Ele já está tendo que responder a processo por utilização da máquina (publica). Agora, continua fazendo a mesma coisa", conclui Correia.

 

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