O quarto debate televisionado com candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte foi organizado no último sábado (28/9) pela Record Minas e deu aos concorrentes a liberdade de direcionar as perguntas de forma livre em cada um de seus blocos. Nas três chances que teve, o deputado estadual Bruno Engler (PL) escolheu seu colega de Assembleia Legislativa (ALMG) Mauro Tramonte (Republicanos) para o embate e ambos protagonizaram algumas das trocas mais quentes de propostas e críticas.


Engler e Tramonte aparecem entre os três líderes em quase todas as pesquisas de intenção de voto feitas ao longo da campanha e dividem a disputa pelo segundo turno com o atual prefeito Fuad Noman (PSD), ausente no debate da Record e nos últimos dois encontros entre os candidatos. Em entrevista após o programa, o deputado bolsonarista justificou a escolha repetida de seu oponente.

 




“Perguntei a Mauro porque o prefeito não está aqui. A verdade é que hoje a gente observa que são três candidaturas efetivamente na disputa: eu, Mauro e Fuad. Então, tendo a oportunidade, sempre escolherei um dos dois”, disse Engler que também afirmou que a ausência do candidato à reeleição se dá porque ele não é capaz de “defender o indefensável” por sua gestão.



Parte dos embates entre os deputados foi focada em falas do ex-prefeito Alexandre Kalil sobre a possível indicação de secretários da antiga gestão da capital mineira para o time da nova prefeitura em caso de vitória de seu apoiado Mauro Tramonte. Embora o nome do antigo chefe do Executivo Municipal tenha sido citado algumas vezes, o governador Romeu Zema (Novo), outro nome forte por trás da campanha do candidato do Republicanos, passou novamente incólume nas falas do parlamentar.


No debate da Record e nas oportunidades anteriores, Mauro Tramonte não citou o nome do governador, reeleito no primeiro turno em 2022. Zema está na campanha do parlamentar e indicou a vice da chapa, sua ex-secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto (Novo). Questionado pela reportagem sobre a escolha de não citar o pesado aliado, o candidato disse que não foi perguntado sobre a aliança e aproveitou para criticar a atual gestão da capital mineira, capitaneada por Fuad Noman.


“Todo mundo sabe que a Luísa é minha vice, tanto é que está estampado em tudo quanto é lugar. Não foi perguntado para mim sobre o governador, eles só alegaram as coisas como o governador estaria fazendo e não me perguntaram nada. Mesmo porque temos o apoio do governo, o que a prefeitura hoje não tem. Não há nenhuma parceria com o governo do estado. Não tem parceria em segurança, nem em educação, nem em saúde. É um absurdo uma prefeitura da capital do Estado de Minas Gerais não ter nenhuma parceria com o governo estadual. Não é possível que as pessoas vão achar errado eu como prefeito procurar o governo estadual para trazer parcerias”, justificou.

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