O candidato a vereador em Gameleiras, no Norte de Minas, Zaqueu Fernandes Balieiro, mais conhecido como Zaqueu da Vila (PRD), foi encontrado morto nesta segunda-feira (30/09). O candidato tinha 45 anos, era integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e foi assassinado a tiros na zona rural do município. 

 

 

A Polícia Militar prendeu na tarde desta segunda-feira (30/9) um homem de 57 anos suspeito pelo crime. O suspeito também seria candidato a vereador em Gameleiras, mas não teve a identidade revelada. Com ele foram apreendidos três munições calibre .380 e de outros calibres.

 

O suspeito foi levado para Janaúba, para onde também foi levado o corpo de Zaqueu da Vila onde ele passará pela necropsia no Instituto Médico Legal (IML). A motivação do crime ainda é desconhecida. 

 




Conforme informações de uma moradora do município, o corpo de Zaqueu foi encontrado, na madrugada desta segunda-feira, na beira de uma estrada de terra, perto do distrito de Jacu das Piranhas, na zona rural de Gameleiras.

 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) foi acionado. Os socorristas depararam com uma caminhonete numa estrada de terra, de acesso a Jacu das Piranhas, conduzindo o corpo do sem-terra. A equipe médica constatou que a vítima já estava sem vida.

 

Nota do MST

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) Norte de Minas divulgou nota, na qual lamenta a morte de Zaqueu e pede a apuração do homicídio.

 

 

Na mensagem, divulgada em uma rede social, o MST diz que Zaqueu da Vila era liderança de três acampamentos de sem-terra (Tamburi, Terra Preta e Terra Verde) no município de Gameleiras e que “viva vivia há anos sob ameaças de latifundiários e poderosos da região”.

 

“Durante os últimos meses, Zaqueu estava envolvido em uma campanha promissora para a vereança do município, que foi interrompida por meio da opressão e violência”, afirma o MST.

 

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“Exigimos uma investigação rigorosa, em que os culpados e mandantes sejam identificados e punidos. É urgente que os órgãos do sistema de justiça e de defesa dos direitos humanos acompanhem o caso e assegurem os direitos e a proteção dos familiares de trabalhadores rurais, sobretudo através da efetivação da reforma agrária”, conclama o MST, que assina a nota juntamente com a Comissão de Pastoral da Terra (CPT).

 

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