Bruno Engler e Fuad Noman -  (crédito: Marcos Vinícius/Record e Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

As campanhas do deputado estadual Bruno Engler (PL) e do prefeito Fuad Noman (PSD) foram as que conseguiram traduzir melhor um aumento no reconhecimento pelo eleitorado com a propensão ao voto

crédito: Marcos Vinícius/Record e Ramon Lisboa/EM/D.A Press

O objetivo primordial de uma campanha eleitoral é tornar o candidato mais conhecido pela população. Este, porém, é um passo que pouco adianta se aumentar a popularidade não for sinônimo de reduzir a rejeição ou tornar o concorrente mais palatável ao eleitor.

 

Pesquisa feita pelo Instituto Opus sob demanda do Estado de Minas mostra como, na reta final do primeiro turno da corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte, a percepção dos moradores da capital foi alterada em relação a quem disputa o Executivo municipal.

 

 

O levantamento feito entre 25 e 27 de setembro consultou os eleitores da capital mineira sobre a probabilidade de escolher ou não um candidato nas urnas no próximo domingo (6/10). O resultado mostra que as campanhas do prefeito Fuad Noman (PSD) e do deputado estadual Bruno Engler (PL) foram as que conseguiram traduzir melhor um aumento no reconhecimento pelo eleitorado com a propensão ao voto.

 

 

Em comparação com a pesquisa feita pelo Instituto Opus entre 13 e 15 de agosto, o desconhecimento dos eleitores em relação a Engler caiu 12 pontos percentuais, saindo de 48% para 36%.

 

O número de entrevistados que afirmou que não votaria no parlamentar se manteve em 22%, enquanto o percentual dos que afirmaram que poderiam votar passou de 15% para 16% e dos que têm grandes chances de escolher o nome do PL à prefeitura pulou de 13% para 20%.

 


 
Fuad Noman experimentou situação parecida, mas a queda no desconhecimento foi ainda mais vertiginosa. Em agosto, 41% da população não conhecia o candidato à reeleição e o índice caiu para 24% neste mês.

 

No mesmo período, o percentual de eleitores que afirmavam não votar no atual prefeito caiu de 32% para 24%, ao passo que quem considera depositar o voto no pessedista passou de 15% para 11% e quem tem grandes chances de fazê-lo subiu de 11% para 19%.


Para o diretor do Instituto Opus, Matheus Dias, os dados atestam o sucesso das campanhas do prefeito e do deputado estadual, ainda que eles dialoguem com públicos de diferentes campos ideológicos.

 

“Engler foi apresentado ao eleitorado de BH da forma correta e alinhada com as expectativas e com a conjuntura de uma parcela significativa dos moradores da capital. Ele não se limitou a um discurso extremista e conseguiu se conectar com uma parcela relativa, se tornando mais conhecido à medida que também se tornou menos rejeitado", analisou.

 

O diretor da pesquisa também falou sobre os efeitos da campanha do atual prefeito: "Fuad é o outro candidato que tem possibilidade de disputar o segundo turno e também conseguiu se conectar com a leitura e com a conjuntura de uma forma que ele se tornou mais conhecido e menos rejeitado, aumentando o potencial de votos. Foram campanhas bem-sucedidas que conseguiram colocá-los como alternativa viável para resolver os problemas de Belo Horizonte mesmo que em espectros políticos diferentes”, analisa.

 


A pesquisa do Instituto Opus ouviu 800 eleitores belo-horizontinos entre 25 e 27 de setembro. O intervalo de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-05372/2024.


A pesquisa do Opus mostra que Bruno Engler e Fuad Noman estão em tríplice empate nas intenções de voto dentro da margem de erro com 20% e 18% das respostas, respectivamente, ao lado do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera com 25%, mas teve alterações negativas no cenário de rejeição e propensão ao voto dos belo-horizontinos.

 

Em relação ao levantamento feito em agosto, o apresentador de TV aumentou sua popularidade e só não é reconhecido por 8% do eleitorado da capital mineira. O número de pessoas que diz não votar no deputado subiu de 23% para 25%; os que consideram votar saiu de 30% para 31%; e a representação de quem afirmou ter grandes chances de escolher Tramonte nas urnas caiu de 32% para 26%.


O Opus também levantou o percentual de eleitores que consideram votar em Tramonte, Engler e Fuad. Entre os que conhecem os líderes na intenção de voto, apenas 10% dizem poder escolher qualquer um dos três em 6 de outubro. A parcela que afirma votar apenas no candidato do Republicanos é de 20%, só no prefeito é de 12% e exclusivamente no nome bolsonarista é de 9%.

 

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A parcela que considera votar em Fuad ou em Tramonte é de 24%; a que considera votar em Tramonte ou Engler é de 22%; e a que está dividida entre o atual prefeito e o candidato do PL é de 15%.


Os números mostram que há um maior potencial de transferência de votos entre Fuad e Tramonte, que compartilham o mesmo eleitor em maior quantidade. A migração de eleitores entre os dois deputados estaduais vem na sequência e a menos provável é a entre o prefeito e Bruno Engler.