O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) pode ser reeleito em primeiro turno -  (crédito: Marcelo Fonseca/Estadao Conteúdo – 14/10/18)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD)

crédito: Marcelo Fonseca/Estadao Conteúdo – 14/10/18

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A três dias das eleições municipais, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), mantém a liderança nas intenções de voto para sua reeleição ao cargo, mas vê a folga em relação ao deputado federal Alexandre Ramagem (PL) se reduzir novamente, mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (3).

 

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O prefeito tem 54% das intenções de voto, uma oscilação negativa de 5 pontos percentuais em relação ao que registrou nas últimas duas pesquisas do Datafolha. O resultado ainda garante a reeleição no primeiro turno, mas Ramagem manteve sua tendência de alta, atingindo 22% --tinha 17% há duas semanas e 11% há um mês.

 

 

Contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, a pesquisa do Datafolha, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número RJ-00823/2024, ouviu 1.106 eleitores de terça-feira (1º) até esta quarta-feira (2). A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.

 

 

 

A redução na distância entre os dois principais candidatos já era esperada pelos profissionais das duas campanhas. Com a ampliação da taxa de conhecimento de Ramagem e a associação de seu nome ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a dúvida que resta é se o candidato do PL conseguirá crescer até domingo (6), dia da votação, a ponto de ameaçar a vitória de Paes no primeiro turno.

 

Ramagem manteve o avanço entre aqueles que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) há dois anos, atingindo 47% desta fatia do eleitorado, contra 34% de Paes (há uma mês, o prefeito estava na frente, com 45% a 29% nesta fatia).

 

Contudo, o prefeito demonstra resiliência entre os evangélicos, geralmente associados ao bolsonarismo. Nesse grupo, o atual mandatário tem 44% das intenções de voto, contra 28% de Ramagem, segundo o levantamento. Há um mês, Paes tinha 55% neste grupo contra 12% do nome do PL.

 

A polarização da disputa deixou o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) na terceira posição, com seu pior resultado numérico na série de levantamentos na cidade: 4% das intenções de voto -tinha 7% há duas semanas.

 

Atrás dos três, aparecem estagnados o deputado federal Marcelo Queiroz (PP), com 2%, e o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), Cyro Garcia (PSTU), Juliete Pantoja (UP), todos com 1%. Carol Sponza (Novo) e Henrique Simonard (PCO) foram citados, mas não alcançaram 1%.

 

Declararam que pretendem anular o voto 10% dos entrevistados, enquanto outros 4% disseram ainda não saber em quem votar.

 

Ao se considerar os votos válidos (excluindo brancos/nulos e os indecisos), os únicos considerados pela Justiça Eleitoral para calcular os resultados, o prefeito tem 63%, Ramagem, 25% e Tarcísio, 5%. Para conquistar o cargo de prefeito, os candidatos precisam obter 50% mais um dos votos válidos, e não totais.

 

Paes manteve o patamar na pesquisa espontânea, em que o entrevistado declara seu voto sem que lhe sejam apresentadas as opções.

 

O prefeito foi citado espontaneamente por 43% dos entrevistados (foram 44% há duas semanas), enquanto o deputado do PL foi de 11% para 17%. Tarcísio se manteve com 3% das menções espontâneas dos entrevistados.