Candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte encerram o horário eleitoral gratuito reforçando o apoio de seus principais cabos eleitorais e com ataques mútuos -  (crédito: TV Globo/ Cris Mattos)

Candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte encerram o horário eleitoral gratuito reforçando o apoio de seus principais cabos eleitorais e com ataques mútuos

crédito: TV Globo/ Cris Mattos

O último debate do primeiro turno na corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte, realizado pela TV Globo, nesta quinta-feira (4/10), a apenas três dias das eleições municipais, foi marcado por críticas ao prefeito Fuad Noman (PSD), que busca novo mandato, embates polarizados e propostas para o transporte público, saúde e despoluição da Lagoa da Pampulha. Os principais confrontos ocorreram entre Duda Salabert (PDT) e o prefeito, assim como entre Rogério Correia (PT) e Bruno Engler (PL).

 

O primeiro bloco, de perguntas livres, foi marcado por acusações e direitos de resposta. Correia iniciou as perguntas, direcionando seu questionamento a Mauro Tramonte (Republicanos) sobre suas ausências na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O deputado estadual defendeu seu trabalho, citando a aprovação de 19 projetos e a realização de diversas audiências públicas.

 

 

O próximo foi o prefeito Fuad, que interpelou Duda sobre os projetos de Engler, a quem rotulou de "transfóbico". Salabert rebateu, classificando os projetos como “inconstitucionais” e enfatizando a importância da educação, além de destacar a necessidade de enfrentar a fome.

 

Sorteada para a terceira pergunta, Duda optou por manter o foco em Noman, acusando-o de envolvimento em torturas durante sua passagem pelo Exército, na Ditadura Militar. Em Minas, Fuad serviu em um batalhão que é apontado pela Comissão da Verdade Nacional como palco de tortura e cárcere de presos políticos. O prefeito refutou a acusação, alegando que sua trajetória militar não tem relação com os eventos mencionados.

 

Em seguida, Gabriel Azevedo (MDB) questionou Correia sobre o transporte público. O petista criticou a gestão do prefeito, prometendo um novo contrato de ônibus. O presidente da Câmara ainda acusou Fuad de ser “ausente” e de se aliar à “máfia dos ônibus”. Por isso, foi concedido ao prefeito o direito de resposta, onde ele defendeu sua integridade, ressaltando que uma CPI, feita pelo próprio Gabriel, não encontrou irregularidades.

 

Bruno Engler direcionou sua pergunta a Gabriel sobre a lagoa da Pampulha, chamando o prefeito de “omisso” e denunciando um “crime ambiental” por parte da Copasa. Depois, Tramonte questionou Carlos Viana (Podemos) sobre a saúde em BH, e o senador criticou as discussões do bloco como “perda de tempo”, defendendo a necessidade de mais médicos na cidade.

 

Por fim, o senador indagou Engler sobre seu cartão de vacinação, que admitiu não ter tomado contra a COVID-19, mas afirmou ter se imunizado na infância. Ele ainda chamou o candidato do Podemos de “papagaio da esquerda”.

 

Segundo bloco

 

O segundo bloco do debate, conduzido por sorteio de temas, apresentou uma sequência monótona, com exceção de um embate acalorado entre Correia e Engler, que discutiram sobre seus padrinhos políticos, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

 

No meio do embate, Engler acusou Correia de usar drogas, imitando o gesto de tocar o nariz feito por Pablo Marçal (PRTB), candidato da extrema-direita em São Paulo, para acusar Guilherme Boulos (PSOL). Essa acusação gerou um direito de resposta para Correia.

 

Neste bloco, os tópicos abordados incluíram população de rua, educação, cultura, saneamento básico, planejamento urbano, diversidade e emergência climática.

 

Terceiro bloco

 

No terceiro bloco do debate, que foi de tema livre, Tramonte iniciou questionamentos a Duda sobre transporte e a relação de Fuad com Aécio Neves (PSDB). A deputada, por sua vez, confrontou o prefeito sobre saúde, destacando filas e a falta de médicos. Durante o embate, Fuad insinuou que Gabriel havia orientado as perguntas de Duda nos bastidores. Rogério Correia voltou a criticar Tramonte, discutindo a gestão do governador Romeu Zema (Novo) e as privatizações, o que o apresentador negou.

 

Viana e Gabriel atuaram juntos, criticando Tramonte, enquanto o senador passou a palavra ao vereador, que se aprofundou no transporte público. Fuad, então, questionou Viana sobre o aeroporto Carlos Prates, e Gabriel indagou Engler sobre trabalho. Os dois usaram pesquisas eleitorais para se posicionarem em um possível segundo turno. O bloco foi encerrado com um embate entre Correia e Engler, pautando a segurança pública.

 

Quarto bloco

 

O bloco final teve um tom mais focado em propostas. Os candidatos abordaram questões relevantes como transporte público, com Tramonte e Fuad debatendo a eficiência do sistema; clima, na troca entre Gabriel e Tramonte; e emprego e renda, com um confronto entre Correia e Viana.

 

Engler e Duda discutiram a Lagoa da Pampulha, enquanto Duda questionou Correia sobre o trânsito. Por fim, Noman e Gabriel debateram questões de saúde, e Viana provocou Engler sobre investimentos, buscando esclarecer as propostas de cada um para a cidade.