Operação investiga esquemas de fraudes eleitorais em Minas Gerais -  (crédito: Polícia Federal/Divulgação)

Operação investiga esquemas de fraudes eleitorais em Minas Gerais

crédito: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizaram uma série de ações conjuntas nesta sexta-feira (4/10) para combater crimes eleitorais. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Sufrágio Limpo, que investiga a inscrição fraudulenta de eleitores.

 

Em Sabará e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MG) cumpriu dois mandados expedidos pela 241ª Zona Eleitoral de Sabará. As investigações apuram omissão de informações ou inserção de informações falsas em documento para fins eleitorais.

 

 

Em Governador Valadares e Divino das Laranjeiras, no Vale do Rio Doce, foram cumpridos oito mandados. As investigações revelam um esquema de recrutamento de eleitores, inclusive com pagamento em dinheiro, entre dezembro de 2023 e maio de 2024.

 

Segundo a Polícia Federal, cerca de mil títulos de eleitores foram transferidos de Valadares e municípios vizinhos para Divino das Laranjeiras, o que causou um incremento de 25% de eleitores na cidade. Na ocasião teriam sido utilizados documentos falsos para comprovar residência no município.

 

 

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a suspensão do direito de voto dos eleitores que tiveram a fraude comprovada. Os envolvidos podem responder por crimes com penas que somadas chegam a 11 anos de prisão.

 

Desde a última terça-feira (1/10), eleitores não podem ser presos ou detidos até 48 horas depois do primeiro turno, marcado para este domingo (6/10). As exceções são para casos de prisão em flagrante, sentença criminal condenatória de crime inafiançável, ou por desrespeito a salvo-conduto. Nesses casos, um juiz avalia a legalidade da prisão.