Ricardo Nunes (MDB) venceria Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) em um possível segundo turno -  (crédito: TSE/Reprodução)

Ricardo Nunes (MDB) venceria Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) em um possível segundo turno

crédito: TSE/Reprodução

Pesquisa Datafolha deste sábado (5/10) com simulações para o segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo mostra que Ricardo Nunes (MDB) venceria Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB). O deputado do PSOL também superaria o influenciador digital em um confronto direto.

 

Os cenários são estáveis em relação ao levantamento anterior, de quinta-feira (3). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

 

 

Se o segundo turno for entre Nunes e Boulos, há 52% de intenções de voto para o prefeito, e 37% para o deputado, percentuais iguais aos da pesquisa anterior. Caso a disputa seja entre os dois, 10% optariam pelo voto branco ou nulo e 1% diz não saber como votaria.

 

Na disputa entre Nunes e Marçal, o prefeito possui 55% das intenções de voto, ante 29% do autodenominado ex-coach. Na pesquisa passada, os índices eram de, respectivamente, 56% e 28%. Há 14% que votariam em branco ou nulo, e 2% não opinaram.

 

Num eventual confronto entre Boulos e Marçal, o deputado do PSOL marca 48%, enquanto o influenciador registra 38% (eram 48% e 36%, respectivamente, na quinta-feira). Nessas circunstâncias, uma parcela de 14% responde que votaria em branco ou nulo, e 1% não sabe.

 

O Datafolha entrevistou 2.052 eleitores paulistanos nesta sexta-feira (4/10) e sábado (5/10). Encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-05101/2024. O nível de confiança é de 95%.

 

 

No primeiro turno, segundo a pesquisa, Boulos tem 29% das intenções em votos válidos, Nunes marca 26% e Marçal também 26%. Os três estão tecnicamente empatados.

 

Tabata Amaral (PSB) tem 11% (antes eram 12%), e José Luiz Datena (PSDB) marca os mesmos 4%.

 

Os votos válidos excluem os votos inválidos (em branco e nulos) e são os únicos considerados pela Justiça Eleitoral para calcular os resultados. Para conquistar o cargo de prefeito, os candidatos precisam obter 50% mais um dos votos válidos, e não totais.

 

Os cenários de segundo turno ganharam protagonismo na estratégia de campanhas na reta final.

 

Nunes usou o argumento de que só ele na direita é capaz de vencer Boulos em uma tentativa de brecar o crescimento de Marçal. Um dos defensores do chamado voto útil no prefeito é o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do emedebista, que apareceu no horário eleitoral endossando a tese de que levar Marçal à próxima fase para um embate com o deputado do PSOL seria entregar a vitória à esquerda.

 

Tabata reagiu a pressões por voto útil de apoiadores de Boulos, que pediram voto no deputado para evitar a chance de dois bolsonaristas irem ao segundo turno. Em esforço para não perder eleitores, a parlamentar disse que o adversário dava sinais de desespero e lembrou que ele também perderia para Nunes na etapa seguinte, de acordo com as pesquisas.

 

Se o segundo turno ficar entre Nunes e Boulos, segundo a pesquisa, 70% dos eleitores do autodenominado ex-coach no primeiro turno escolheriam o prefeito, frente a 7% que votariam no parlamentar. Para 22%, a decisão seria anular ou votar em branco.

 

Em um confronto direto entre Nunes e Marçal, 62% dos apoiadores de Boulos migrariam para o prefeito e 6% iriam para o influenciador. Mas, para 31% deles, a saída seria votar nulo ou em branco.

 

Num hipotético embate entre Boulos e Marçal, o levantamento mostra que os eleitores de Nunes se dividiram, com 38% migrando para o deputado do PSOL e 34% indo para o nome do PRTB. Uma parcela considerável (28%) dos eleitores do prefeito optaria por anular ou votar em branco nessa situação.


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