Com postura incisiva, Gabriel Azevedo (MDB) foi um dos candidatos que mais esquentaram os debates eleitorais nesta campanha para prefeito de Belo Horizonte em 2024. O perfil comunicador vai além das graduações em publicidade e jornalismo. Já se manifestava nos tempos de Colégio Militar, onde atuou no grêmio estudantil e no Clube de Artes Cênicas e Literárias. Na época já falavam que Gabriel seria político. Aliás, o próprio diz que ali nasceu o “Gabriel político".
O candidato tem 38 anos e está prestes a terminar seu segundo mandato como vereador de BH. Presidente da Câmara, ele sempre morou no mesmo quarteirão, no “centrinho” da capital, perto da Igreja São José, e cercado por familiares. Solteiro, Gabriel conta que tem vontade de formar família e ter filhos.
A relação estreita com Belo Horizonte é evidenciada em várias passagens da vida de Gabriel Azevedo, desde a “bucólica” caminhada na Avenida Afonso Pena em direção ao Instituto de Educação – tateando as grades do Parque Municipal, passando pela citação de linhas de ônibus que ele usava, até um traumático assalto à mão armada dentro de um coletivo.
Ao se formar no ensino médio no Colégio Militar, o candidato estava dividido entre seguir a carreira militar como oficial, e outras opções. A paixão por cidades também fez com que Gabriel considerasse cursar Arquitetura e Urbanismo na UFMG, mas ele não era muito inclinado a matemática. A escolha foi pela comunicação, na PUC Minas. Gabriel também se formou em direito na Faculdade Milton Campos, por influência do pai.
A migração para a carreira política se deu após trabalhar em campanhas políticas entre 2006 e 2010 como publicitário. Em 2011 foi convidado para ser subsecretário de estado no governo Anastasia. Em 2016 se elegeu vereador de BH.
No meio dessa jornada, em 2014, Gabriel Azevedo começou sua carreira de professor universitário. Atualmente ele leciona teoria geral do estado, direito constitucional, teoria da Constituição, direito internacional público e direito internacional privado.
Nos últimos 8 anos na Câmara de BH, Gabriel se debruçou sobre programas para atender a juventude , criou a lei do crédito verde nas construções, foi presidente da CPI da BHTrans e reabriu o restaurante popular.
Seu plano de governo, junto com o candidato a vice Paulo Brant (PSB), se chama Teto, Trabalho e Transporte. As propostas para a mobilidade urbana são destaque na campanha, com integração entre os modais, construção de estacionamentos subterrâneos, adoção de ônibus elétricos e um VLT na Afonso Pena. Para aproximar a casa do trabalho, ele defende áreas residenciais mais adensadas. Para a Pampulha, o candidato prevê a construção de um hotel que estava no projeto original de Oscar Niemeyer, além de um calçadão na orla da lagoa.
Na Saúde, Gabriel quer firmar uma carreira para os médicos da capital, ampliar o tempo de funcionamento dos equipamentos e atuar mais na prevenção das doenças. No Meio Ambiente, estimular as construções sustentáveis, recuperação de cursos d'água, arborização e ampliação da reciclagem. A Segurança passa pela boa integração entre Polícia Militar e Guarda Municipal. Entre os desafios da gestão, Gabriel aponta a reformulação do Plano Diretor e o fim do contrato de ônibus na capital, em 2028.