Duda Salabert votou na manhã deste domingo na região noroeste da capital -  (crédito: Alexandre Guzanshe / E.M / D.A Press)

Duda Salabert votou na manhã deste domingo na região noroeste da capital

crédito: Alexandre Guzanshe / E.M / D.A Press

A candidata do PDT à prefeitura de Belo Horizonte Duda Salabert votou por volta das 10h deste domingo (6/10) na unidade Carlos Luz do Centro Universitário Newton Paiva, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Duda cumprimentou e tirou fotos com eleitores durante a chegada.

 

 

Defensora do meio ambiente e da educação, a deputada federal está em sua quarta disputa eleitoral e é a primeira mulher transexual a concorrer ao cargo de chefe do executivo de uma capital. 

 

 

“Nós [pessoas transsexuais] sempre estivemos na margem, na exclusão, nas esquinas. Hoje estamos no centro da política do Brasil. Isso mostra que a gente está avançando. Então, mais importante do que qualquer resultado eleitoral, é que tivemos um avanço político contra o preconceito”, afirmou Duda após o voto. De acordo com a pesquisa Atlas Intel, divulgada na manhã do último sábado (5/10), ela tem 11,7% das intenções de voto. 

 

“A disputa de nós, pessoas travestis e transsexuais, é muito maior do que o voto. Vocês buscam o privilégio do voto, nós ainda buscamos o privilégio de conquistar a categoria de humanidade”, observou Salabert. “Sacrifiquei minha vida pessoal, minha atividade parlamentar como deputada federal para fazer história, e estamos fazendo”, completou. 

 

 

A candidata afirmou ter expectativas de ir para o segundo turno com o compromisso de uma campanha lixo zero - sem santinho, sem panfleto e sem adesivo. No entanto, caso não esteja presente neste cenário, Duda Salabert avalia que é preciso analisar os compromissos que cada um dos candidatos têm com a democracia e, sobretudo, com a superação dos problemas de BH antes de formalizar qualquer tipo de apoio.

 

 

“Há que se ver os nomes que estarão no segundo turno. O primeiro cenário é que nós estejamos lá. Se nós não estivermos, vamos conversar, somos pessoas de diálogo, temos que ver as propostas, o projeto de cidade e o projeto de país” afirmou. “O candidato que pegar as propostas que nós temos para a cidade será aquele que nós vamos apoiar”, concluiu.