Tramonte liderou as intenções de voto durante grande parte da campanha, sofreu uma queda brusca nos números na reta final e não conseguiu avançar para o segundo turno -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Tramonte liderou as intenções de voto durante grande parte da campanha, sofreu uma queda brusca nos números na reta final e não conseguiu avançar para o segundo turno

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

Mauro Tramonte, candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pelo Republicanos e que liderou as pesquisas de intenção de voto durante grande parte da campanha, sofreu uma queda brusca nos números na reta final e não conseguiu avançar para o segundo turno.

 

Inicialmente, o deputado estadual e apresentador de televisão acompanharia a apuração na sede do partido, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul da capital, na noite deste domingo (6/10). No entanto, ao se aproximar da apuração total da urna, o presidente municipal do Republicanos, Gilberto Abramo, anunciou que o candidato não iria comparecer nem falar com a imprensa. 

 


 

De acordo com o presidente da sigla, Tramonte está “tranquilo”. O diretório partidário deve se reunir já nesta segunda-feira (7/10) para discutir se irá apoiar um dos dois candidatos no segundo turno, o deputado estadual Bruno Engler (PL) ou o prefeito Fuad Noman (PSD), que tenta a reeleição.

 

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”A executiva estará reunida e nós ainda estaremos tomando uma decisão. E logicamente a presença de Mauro Tramonte é fundamental nessa decisão. Estaremos reunidos para que possamos ver qual o caminho que estaremos tomando”, disse o presidente municipal da sigla. 


O partido ainda afirma que o deputado estadual vai se posicionar “no momento certo”. “Se nós nos colocarmos no lugar dele, logicamente que ninguém aceita (o resultado). Isso é do lado humano. Então é compreensível, mas ele está tranquilo e saberá se posicionar no momento certo”, ressaltou.


A disputa eleitoral foi marcada pela indefinição até o último momento, quando as pesquisas de intenção de voto apontaram uma diferença muito pequena entre Engler, Fuad e o apresentador de televisão, que acabou desidratado na reta final.

 


Abramo associa a derrota de Tramonte aos ataques que recebeu dos adversários. “A princípio, estamos felizes, porque estávamos lá em quinto lugar. Ninguém imaginava que o Mauro chegaria nem no terceiro diante de tantos ataques que houve, tanto da direita como da esquerda nos últimos dias para desconstruir a candidatura do Mauro Tramonte. Ainda assim, nós fomos vitoriosos”, disse. “Isso, de uma forma ou de outra, acabou influenciando na decisão do eleitor”, completou.


Questionado se o apoio do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), atrapalharam a candidatura de Tramonte, o presidente municipal do Republicanos negou. “Os dois personagens são pessoas importantes no cenário mineiro, mas como eu disse, teve a direita que atacou a esquerda, e nós tivemos a esquerda que atacou o Mauro. Essa desconstrução embaralhou a mente do eleitor”, disse.