Marília Campos (PT) foi reeleita em Contagem, na Grande BH, no 1° turno das eleições. Com 60,68% dos votos, é a quarta vez que a psicóloga e militante do partido é eleita no município, confirmando os resultados das pesquisas mais recentes, que mostravam a prefeita com liderança isolada.
Com Ricardo Faria (PSD), que já ocupa o cargo como vice, disputando na chapa, sua reeleição contou com o apoio da maior frente entre partidos da história de Contagem, reunindo PT, PCdoB, PV, Psol, Rede, PSD, PSB, PSDB, Cidadania, PDT, PP, Solidariedade, União Brasil e MDB. A coalizão ganhou o nome de “Juntos por Contagem”, e tinha como adversários os candidatos Junio Amaral (PL), Dulce (PMB), Gustavo Olimpio (PSTU) e Sebastião de Oliveira Pessoa (PCO), este com votos anulados sub judice – o que significa que a validade dos votos recebidos pelo candidato depende de uma decisão judicial.
“Surpresa (pela vitória no primeiro turno) não foi, porque eu já tinha a expectativa de que a gente ganharia. Essa grande aliança em torno de um projeto de continuidade foi fundamental para garantir essa vitória, além do trabalho que temos feito e que as pessoas têm confiança. Este é o segredo para uma vitória expressiva no primeiro turno, para acabar com essa tradição de que Contagem só tem eleição em dois turnos. Depois de 26 anos, a gente ganhou no primeiro turno”, declarou Marília em coletiva de imprensa após o resultado das urnas apuradas.
De acordo com a prefeita eleita, a população fez uma escolha que não foi ideológica, apesar da disputa ter como principal adversário o candidato do PL, Junio Amaral.
“Essas eleições foram diferentes porque tínhamos muito o que mostrar no processo eleitoral. É claro que um candidato adversário tentou disputar por um legado de parte da população que diz ser de direita, mas a maioria da população optou pelo nosso trabalho e o que fizemos na cidade. A grande maioria não fez opção ideológica, mas sim daquilo que é melhor para a cidade”, afirmou.
Diálogo com BH
Para Marília, o projeto pensado para a cidade durante a campanha não tem nada de novo e se trata da continuidade de ações já articuladas juntamente com os Governos Federal e Estadual. Agora, pretende acompanhar o segundo turno das eleições em Belo Horizonte para pensar em projetos conjuntos, principalmente em relação ao transporte, à saúde e à Lagoa da Pampulha.
“A principal pauta para Belo Horizonte é continuar o projeto de despoluição da Lagoa da Pampulha, uma vez que 70% da bacia fica em Contagem e não vai existir despoluição da Lagoa se não tivermos intervenções nos córregos daqui. Essa articulação já foi feita pelo Tribunal de Contas, envolvendo o Governo do Estado, COPASA, Prefeitura de Contagem e Prefeitura de Belo Horizonte”, explicou.
Para as pautas de transporte e saúde, a prefeita afirma conhecer seus cidadãos, e que muitos deles se deslocam para Belo Horizonte, por isso é importante dialogar com a capital.
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“Hoje, Belo Horizonte está com uma grande intervenção para ser executada, que merece uma articulação com Contagem, porque nosso cidadão é metropolitano. Queremos unificar o Bilhete Único, o que pode baratear as passagens e melhorar o tempo no transporte. E outra questão é a saúde, uma vez que procedimentos de alta e média complexidade são feitos em Belo Horizonte, e quem faz a regulação disso é a capital junto com o Governo do Estado”, completou.