Reeleita para um segundo mandato, a Professora Marli (PP) foi a mulher mais votada neste domingo (6/10) -  (crédito: Instagram/Professora Marli)

Reeleita para um segundo mandato, a Professora Marli (PP) foi a mulher mais votada neste domingo (6/10)

crédito: Instagram/Professora Marli

A eleição para a Câmara Municipal de Belo Horizonte viu crescer o número de mulheres entre os 41 vereadores. Com votações expressivas, a bancada feminina conseguiu emplacar quatro parlamentares entre as mais votadas da cidade neste domingo (7/10), aumentando sua representação para 12 eleitas, uma a mais do que no último pleito.

 

A vereadora Professora Marli (PP) foi reeleita para o segundo mandato com 23.773 votos, o que corresponde a 1,97% dos votos válidos, tornando-se a segunda mais votada. O número de eleitores conquistados pela vereadora é 63,9% maior do que no pleito de 2020, quando ela ficou em terceiro na preferência dos belo-horizontinos, com 14.496 votos.


 

Marli é uma das principais lideranças do grupo conhecido como “Família Aro”, que reúne vereadores ligados ao secretário de Estado da Casa Civil do governo Zema, Marcelo Aro (PP). A professora, inclusive, é mãe do secretário. A parlamentar exerce um mandato voltado para a inclusão e proteção de pessoas com deficiência e doenças raras.

 

No campo da esquerda, Iza Lourença (PSOL) conquistou a terceira maior votação da Casa e foi reeleita, quase triplicando os seus números. Em 2020, a vereadora recebeu 7.771 votos, enquanto neste pleito foi escolhida por 21.485 eleitores, o que representa um crescimento de 176%.

 

Ao lado de Cida Falabella e Juhlia Santos, ambas do PSOL, a vereadora integra o que elas chamam de “gabinetona”, um espaço onde exercem um mandato popular em defesa de pautas progressistas. Lourença foi coordenadora-geral do Diretório Central Acadêmico da UFMG e fez parte da diretoria do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários (Sindimetro-MG).

 

Novatas

 

Atualmente, a Câmara conta com 10 mulheres na Legislatura, apesar de 11 terem sido eleitas no último pleito. Em 2021, a então vereadora Sônia Lansky (PT) havia tomado posse há três meses quando renunciou ao mandato, alegando problemas de saúde. No seu lugar, quem assumiu foi o primeiro suplente do PT, Pedro Patrus.

 

O número de vereadoras eleitas cresceu justamente no campo da esquerda. Pelo PT, a economista Luiza Dulci, sobrinha do ex-ministro do governo Lula, Luiz Dulci, recebeu 10.169 votos. Fundadora do movimento “Bem Viver”, Dulci trabalhou no Ministério do Desenvolvimento Agrário durante o governo Dilma Rousseff e na Secretaria-Geral da Presidência no governo Lula 3.

 

 

Juhlia Santos também é uma novata na Câmara, eleita pela média das sobras com 6.703 votos. A segunda mulher trans eleita para o Parlamento da capital mineira, ela é também a primeira vereadora quilombola da cidade. Entre suas pautas estão a emergência climática, a cultura, a defesa dos quilombos e os direitos LGBTQIA+.

 

Michelly Siqueira é a outra novata da legislatura, recebendo 6.495 votos. Eleita pelo Partido Renovação Democrática (PRD), Siqueira é advogada e foi presidente da comissão de defesa dos direitos das pessoas com deficiência na seccional de Minas Gerais da OAB.

 

Vereadoras do Novo duplicam votos

 

O partido Novo, do governador Romeu Zema (Novo), emplacou duas mulheres entre os cinco parlamentares mais votados neste domingo. Fernanda Pereira Altoé, que recebeu 18.682 votos, e Marcela Trópia, escolhida por 17.878 eleitores, foram reeleitas para uma nova legislatura. Somadas, as parlamentares duplicaram seus votos em relação à última eleição, com um crescimento de 117%.

 

Altoé aumentou seus números em 208% se comparado ao pleito de 2020, quando recebeu 6.046 votos. A novata é advogada e pós-graduada em Direito Público pela PUC-Minas, tendo sido assessora no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A parlamentar exerce um mandato voltado para pautas de urbanismo, desenvolvimento, mobilidade e saúde, além de defender questões fiscais.

 

Trópia, por sua vez, manteve um patamar elevado de votos. Em 2020, a vereadora havia recebido 10.741 votos; o resultado de domingo representou um crescimento de 66% em seu eleitorado. A vereadora defende pautas como liberdade econômica, inovações tecnológicas para solucionar os problemas da capital e a formação de novas lideranças.

 

Veja as 12 vereadoras eleitas

  • Professora Marli (PP) - 23.773 votos
  • Iza Lourença (PSOL) - 21.485 votos
  • Fernanda Pereira Altoé (Novo) - 18.682 votos
  • Marcela Trópia (Novo) - 17.878 votos
  • Flávia Borja (DC) - 16.393 votos
  • Loíde Gonçalves (MDB) - 10.313 votos
  • Luiza Dulci (PT) - 10.169 votos
  • Cida Falabella (PSOL) - 9.530 votos
  • Janaína Cardoso (União) - 7.740 votos
  • Juhlia Santos (PSOL) - 6.703 votos
  • Dra Michelly Siqueira (PRD) - 6.495 votos
  • Marilda Portela (PL) - 6.279 votos