"Assumimos o partido com a meta de dobrar o número de prefeituras, e conseguimos. Foi um trabalho de organização, percorrendo os diretórios e organizando chapas, mas não fiz isso sozinho", Cássio Moraes (D), Presidente do PSD em BH e em MG

crédito: JAIR AMARAL/EM/D.A.PRESS

O PSD consolidou-se como o partido com mais prefeitos eleitos em Minas Gerais no último domingo. Foram 141 municípios, um crescimento expressivo em comparação com as eleições de 2020, quando a legenda conquistou 78 prefeituras.

 

O Republicanos, com 83, e o MDB, com 82, completam o pódio das siglas mais vitoriosas no estado. A estratégia do PSD em Minas foi liderada por Cássio Soares, presidente estadual do partido, em sintonia com a articulação nacional de Gilberto Kassab, o dirigente nacional. O desempenho no estado, segundo ele, reflete a legenda em nível nacional, com 861 prefeituras conquistadas em todo o Brasil, incluindo três capitais no primeiro turno.

 

“Esse resultado é fruto de muito trabalho em equipe e do compromisso de fazer mais por Minas Gerais. O PSD se fortalece e quem ganha é a população, com gestores competentes e dispostos a encontrar soluções para os desafios do estado”, afirmou Cássio Soares.

Internamente, o cenário é visto como um impulso para as articulações em torno de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que é cogitado para concorrer ao governo de Minas em 2026. Com base eleitoral robusta no estado, o senador fortalece seu caminho rumo ao Palácio Tiradentes. No entanto, ele tem se mantido discreto sobre o tema, afirmando que “esse é um assunto para o futuro”.

 

Outro nome que surge como possível candidato ao governo estadual pelo PSD é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em agosto, o Estado de Minas já havia destacado o protagonismo do PSD no estado, com 265 candidatos a prefeito, incluindo Fuad Noman, atual chefe do Executivo de Belo Horizonte, que busca a reeleição e agora disputa o segundo turno com o deputado estadual Bruno Engler (PL).

 

 

O Republicanos também mostrou força e elege 83 prefeitos, mais que o dobro das 41 prefeituras conquistadas em 2020. Euclydes Pettersen, presidente do partido em Minas, destacou o trabalho “quase artesanal” de articulação, atribuindo o sucesso ao esforço conjunto de parlamentares estaduais e federais.

 

“Assumimos o partido com a meta de dobrar o número de prefeituras, e conseguimos. Foi um trabalho de organização, percorrendo os diretórios e organizando chapas, mas não fiz isso sozinho. Destaco a colaboração dos deputados estaduais Enes Cândido, Carlos Henrique, Mauro Tramonte e Charles Santos, além dos deputados federais Samuel Viana, Gilberto Abramo e Lafayette de Andrada. Também agradeço ao senador Cleitinho, um grande aliado", afirmou Pettersen.

 

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Apesar do crescimento no estado, o Republicanos sofreu ums grande derrota em Belo Horizonte, onde Mauro Tramonte, que liderou as pesquisas ao longo de toda a campanha eleitoral, terminou em terceiro lugar e ficou fora do segundo turno.

 

Desempenho menor

 

O MDB, terceiro colocado no ranking estadual, conquistou 82 prefeituras, mas viu seu desempenho cair em comparação com as 97 prefeituras obtidas em 2020. O partido, que já dominou a política mineira, vem enfrentando sucessivas quedas em sua base municipal.

 

Já o partido Novo, do governador Romeu Zema, registrou crescimento significativo. A legenda, que não havia eleito nenhum prefeito há quatro anos, agora conseguiu eleger nove chefes de Executivo em Minas Gerais, consolidando uma base que pode ser crucial para as articulações políticas futuras de Zema, que deseja ser presidente.


BH e Contagem


O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, conquistou oito novas prefeituras, somando agora 49 municípios. O destaque do partido é Belo Horizonte, onde o deputado estadual Bruno Engler foi ao segundo turno em primeiro lugar, disputando com Fuad Noman.

 

Já o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou quatro novos municípios, agora controlando 30 prefeituras. A principal vitória foi em Contagem, na Região Metropolitana, onde Marília Campos foi reeleita para novo mandato de quatro anos com mais de 60% dos votos. Outro destaque é Juiz de Fora, na Zona Mata, onde Margarida Salomão também garantiu a reeleição já no primeiro turno.