MP acusa prefeito eleito do Sul de MG de dar carne e cerveja ao eleitor -  (crédito: Rede de Noticias)

Elias Godinho (União Brasil) e Paulo Birro (PT) venceram o pleito do último domingo (6/10) com 53,69% dos votos válidos

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O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou a chapa vencedora das eleições para a Prefeitura de Santa Maria do Suaçuí, no Sul de Minas, por compra de votos. Elias Godinho (União Brasil) e Paulo Birro (PT) venceram o pleito do último domingo (6/10) com 53,69% dos votos válidos.

 

 

De acordo com o promotor Lucas Nacur Almeida Ricardo, os candidatos teriam oferecido dinheiro, carne e cerveja a uma eleitora em troca do voto. A eleitora foi até a Promotoria de Justiça e relatou que, desde abril até outubro, havia um acordo com o candidato a vice-prefeito, que prometeu pagar R$ 1 mil a ela. Em troca, ele teria solicitado seu voto e apoio na divulgação da campanha. Além disso, o candidato a prefeito teria patrocinado a comemoração do aniversário da eleitora, fornecendo carne e cerveja para a festa.

 

Outra testemunha, que se apresentou como "cabo eleitoral" dos candidatos, confirmou as denúncias, reforçando as suspeitas de práticas ilícitas. Em outro episódio apurado pelo MP, uma eleitora teria sido abordada em setembro com uma oferta de dinheiro e alimentos para vestir a camisa da campanha, configurando mais uma tentativa de captação de votos.

 

 

As provas reunidas pelo Ministério Público indicam que os candidatos ofereceram, prometeram e entregaram benefícios financeiros e materiais aos eleitores, o que é vedado pela Lei. Mesmo que alguns eleitores tenham afirmado não ter a intenção de votar nos acusados, o promotor destaca que a ilegalidade já se caracteriza pela simples promessa ou oferta de vantagem, com o intuito de influenciar o voto.

 

"Estes devem ser orientados pela análise do perfil dos candidatos e do conteúdo das suas propostas, não pela oferta ou doação de vantagem pessoal de qualquer natureza, o que é mais do que suficiente para impedir ou cassar a diplomação dos representados e acarretar a imposição de multa", afirmou o promotor.

 

 

Com base nas provas coletadas, o Ministério Público requer que a Justiça determine a cassação do registro ou diploma dos candidatos eleitos, além de aplicar uma multa que corresponda à gravidade dos fatos constatados. O caso agora aguarda julgamento pela Justiça Eleitoral, que analisará as evidências e as denúncias apresentadas, além da defesa do prefeito e do vice-prefeito eleitos.

 

A reportagem procurou Elias Godinho e Paulo Birro, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.