O prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), visitou o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec) nesta quarta-feira (16/10). Durante a agenda, no espaço que foi fundado pela prefeitura de BH, Governo de Minas Gerais, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sebrae-MG e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o chefe do Executivo acompanhou parte da rotina de produção vacina para Covid-19 que está sendo desenvolvida no local e prometeu colaborar com a ampliação do parque.
Em conversa com os pesquisadores do CTVacinas, Fuad afirmou que a PBH pode ajudar a captar parcerias institucionais em outras instâncias e criar programas e fundos de incentivo para financiar as atividades do espaço. “Isso aqui é um centro para o mercado como um todo e para o serviço público. Nós temos participado dos movimentos de crescimento e percebemos que a demanda por entidades, empresas e laboratórios existe. Estão batendo na porta”, disse.
O candidato apontou que o maior desafio para a ampliação do BHTec é a falta de espaço. “As empresas querem vir para cá mas não tem espaço, é uma área que está super ocupada, com garagem, container para todo lugar, estamos perdendo empresas do mundo todo. Nós conversamos para saber como a prefeitura pode participar disso, nós queremos ampliar isso”, declarou.
Questionado sobre a possibilidade de apoio e isenção fiscal para as empresas, Fuad disse que o cenário na capital mineira já é o melhor possível. “BH pode se tornar o centro de referência tecnológica do Brasil se tivermos capacidade de absorver essa tecnologia que está vindo para cá. Antes tinha um secretário mais chato aí, agora a pessoa é melhor do que o antigo. Nós não temos mais problema fiscal. Hoje nossa nossa tarifa, nosso tributo é o menor tributo que a lei federal prevê e a gente está colhendo essas empresas com incentivos”, afirmou.
A declaração de Fuad sobre o “secretário” é, na verdade, uma autocrítica. O candidato, antes de assumir a prefeitura, foi Secretário Municipal de Fazenda de Belo Horizonte entre 2017 e 2020 no primeiro mandato de Alexandre Kalil (PSD).
Vacinas
Além de destacar a importância da criação da vacina da Covid-19, que é o primeiro imunizante 100% nacional para o vírus, o postulante à reeleição chamou atenção para as vacinas já disponíveis na rede municipal de saúde.
“Estamos percebendo uma falta de procura. Pais e mães precisam levar os filhos para vacinar. Tem vacina para todo mundo dentro dos limites estabelecidos pelo ministério da Saúde, nós não compramos vacinas, nós recebemos. Às vezes a gente acha pouco, mas os limites foram colocados de acordo com a população”, disse.
Segundo a assessoria de imprensa do BH-TEC, a Prefeitura de Belo Horizonte já disponibilizou R$ 30 milhões para o desenvolvimento da vacina.
Intercâmbio na rede pública
Fuad pretende ainda, se reeleito, implementar um projeto de intercâmbio para alunos da rede municipal. Segundo o chefe do executivo, serão selecionados anualmente cerca de 50 alunos mais interessados em aprender inglês e já tenham recebido iniciação tecnológica, para estudar outro idioma nos Estados Unidos ou Canadá.
“Estamos selecionando crianças na faixa dos quatorze anos que possam ser os melhores alunos de inglês para gente fazer um trabalho com eles fora do Brasil. A gente quer mandar cinquenta a cem alunos, todo ano, para fazer curso de intercâmbio de inglês, porque o inglês é fundamental para você conhecer a tecnologia hoje, porque a tecnologia hoje é toda em inglês”, afirmou.
O prefeito também afirmou que os computadores que não estiverem sendo utilizados nos centros de tecnologia, podem ser doados aos alunos de baixa renda da rede municipal e ressaltou que o grupo já recebeu computadores e acesso à internet para continuarem os estudos durante a pandemia. “Nós já demos para todo mundo um computador para que eles possam ter acesso, demos internet grátis em todas as vilas e favelas”, afirmou.
Para o fomento da ciência e tecnologia na educação, o prefeito destacou o Centro de Educação Integrada. “São logicamente nichos de trabalho porque nós com crianças de até quatorze anos, nós estamos trabalhando para que essas pessoas comecem a se interessar por questões tecnológicas, porque hoje o mundo é tecnológico”, disse.
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