15.10.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sanção do Projeto de Lei n° 3090/ 2023, que institui o Dia Nacional da Música Gospel, em cerimônia no Palácio do Planalto. Brasília - DF.

Foto: Ricardo Stuckert / PR -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

15.10.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sanção do Projeto de Lei n° 3090/ 2023, que institui o Dia Nacional da Música Gospel, em cerimônia no Palácio do Planalto. Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert / PR

crédito: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta quinta-feira (17/10) que bolsonaristas estejam “triturando” o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) por conta dos elogios feitos pelo parlamentar às medidas do governo para evangélicos. Reconheceu, porém, que o episódio beneficiou seu governo.

 

Otoni é vice-líder da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) e, na terça-feira (15), participou da sanção do Dia da Música Gospel, no Palácio do Planalto, junto com outras lideranças religiosas. No evento, o parlamentar fez uma oração para Lula.

 

 

“Teve uma repercussão muito boa para mim, e muito ruim para ele, porque os bolsonaristas estão triturando ele”, comentou o presidente em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, Bahia. Lula não citou o nome de Otoni.

 

 

O deputado era forte aliado de Jair Bolsonaro (PL), mas se afastou do ex-presidente após apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PSD) para a Prefeitura do Rio de Janeiro, no primeiro turno. Atualmente, os dois trocam críticas.

 

Aproximação com evangélicos

 

Durante a cerimônia da terça-feira, Otoni reconheceu medidas feitas por Lula para o público evangélico, apesar de os dois estarem em campos políticos opostos. “Presidente Lula, Vossa Excelência é a prova de que é possível divergir politicamente durante as eleições, sem permitir, contudo, que as paixões eleitorais contaminem a gestão governamental”, disse.

 


“O deputado fez uma declaração dizendo que não votou em mim, que muitos evangélicos não votaram em mim, mas ele reconhecia que tudo o que beneficia os evangélicos foi feito por mim”, contou Lula durante a entrevista.

 

 

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“O dia dos evangélicos, a lei do silêncio, que eu não deixei passar, o dia do pastor. Ou seja, tudo foi eu que criei para a igreja evangélica, e ele reconheceu isso. E eu fiquei com vontade de perguntar: se você sabe disso, porque você votou no Bolsonaro?”, emendou Lula. Ele afirmou, porém, que não quis polemizar durante o evento.