Mello Araújo (PL) é candidato a vice de Ricardo Nunes IMDB), enquanto Marta Suplicy (PL) é candidata a vice de Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo -  (crédito: Reprodução/Instagram e Ricardo Stuckert/PR)

Mello Araújo (PL) é candidato a vice de Ricardo Nunes IMDB), enquanto Marta Suplicy (PL) é candidata a vice de Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo

crédito: Reprodução/Instagram e Ricardo Stuckert/PR

O nome do vice de Ricardo Nunes (MDB) é desconhecido por 86% dos eleitores que declaram intenção de votar no candidato à reeleição, segundo pesquisa Datafolha. A situação é inversa no caso de Guilherme Boulos (PSOL), com 80% de seus apoiadores respondendo que sabem quem está na vice dele.

 

 

O nome do coronel Mello Araújo (PL), vice do prefeito, é de conhecimento de uma fatia de 11% dos que declaram intenção de escolher a chapa no próximo dia 27. Uma parcela de 4% dá outras respostas.

 

Já o nome da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) é desconhecido por um grupo minoritário (20%) dos que optam pelo deputado federal --quando questionados sobre o assunto, eles afirmaram não saber quem o psolista tem como vice.

 

O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores paulistanos de terça (15) a esta quinta-feira (17). Encomendado pela Folha, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-05561/2024. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

 

Em intenções de voto, Nunes conservou a dianteira, com 51%, enquanto Boulos registrou 33%.

 

 

O instituto também perguntou como o entrevistado avalia a escolha dos vices pelos candidatos. No caso de Nunes, os eleitores se dividem: 39% veem a decisão como ótima ou boa, 33% como regular e 6% como ruim ou péssima. Uma parcela de 22% não sabe opinar.

 

No eleitorado de Boulos, a escolha da vice é majoritariamente aprovada, com 75% dos entrevistados afirmando que a decisão foi ótima ou boa. Já 19% a consideram regular, e 5% a avaliam como ruim ou péssima. O percentual dos que não sabem é de 1%.

 

A escolha dos vices refletiu diretamente a participação dos padrinhos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) nas campanhas dos respectivos aliados, Nunes e Boulos, que acataram as indicações para as chapas.

  

 

Mello Araújo, que nunca tinha disputado eleição antes, não era a primeira opção para a vaga de vice, mas acabou aceito pela campanha para assegurar a aliança com Bolsonaro. O militar da reserva passou a aparecer em agendas públicas com Nunes, que usa a figura do vice para acenar à área de segurança pública e à ideia de ordem, num contraponto ao rótulo de baderneiro que impõe a Boulos.

 

Apesar da relação com Bolsonaro, Mello Araújo é desconhecido pela maioria dos eleitores de Nunes que dizem ter votado em 2022 no ex-presidente. Segundo o Datafolha, são 83% os que disseram não saber quem é o vice do prefeito. Os que sabem são 12%, e 5% dão outras respostas.

 

Nesse cruzamento entre simpatizantes de Bolsonaro e Nunes, a escolha do policial é considerada ótima ou boa por 47%, regular por 29% e ruim ou péssima por 4%; 20% não sabem.

 

 

Prefeita da capital entre 2001 e 2004, Marta foi convidada por Lula no ano passado para retornar ao PT, após sair em 2015 fazendo duras críticas, e se unir a Boulos. Para isso, ela deixou o cargo de secretária municipal de Relações Internacionais da gestão Nunes, sob o argumento de rejeição à aliança dele com Bolsonaro.

 

A petista fez o governo considerado pelo eleitorado o melhor da cidade nos últimos 40 anos, segundo pesquisa Datafolha de março deste ano. A presença de Marta na chapa é um esforço para tentar conferir um atributo de experiência ao deputado, já que ele está em seu primeiro mandato eletivo. A memória de feitos como os CEUs e o Bilhete Único também é ativada pelos estrategistas.

 

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Entre os eleitores que optaram por Lula em 2022 e agora declaram voto em Boulos, 82% sabem que Marta é a vice, e 18% não sabem quem acompanha o psolista na chapa.

 

Na intersecção entre apoiadores de Lula e Boulos, a aprovação ao nome da ex-prefeita como vice chega a 78%, enquanto 17% consideram a escolha regular e 4% a avaliam como ruim ou péssima; 1% não sabe.