O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou sua candidatura à Presidência do Brasil em 2026 durante sua passagem por Belo Horizonte. Na capital mineira, o líder da extrema direita criticou Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e também sua própria inelegibilidade . Após se reunir com apoiadores na Avenida Afonso Pena, Bolsonaro conversou com a imprensa.
A coletiva foi abruptamente interrompida por um incidente envolvendo uma apoiadora de Bolsonaro, que insultou e agrediu uma jornalista. O tumulto só foi contido após a intervenção do ex-presidente, que pediu respeito e calma entre seus apoiadores.
Durante a coletiva, Bolsonaro não evitou temas delicados e direcionou suas críticas especialmente a Valdemar da Costa Neto, com quem, ironicamente, está impedido de se reunir por determinação da Polícia Federal. “Estou inelegível por ter me reunido com embaixadores”, declarou, desferindo um ataque velado ao dirigente do seu partido. “Disseram que foi abuso de poder político porque ganhei votos com essa reunião”, acrescentou, referindo-se a um dos processos que enfrenta.
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O ex-presidente também se defendeu das acusações de abuso de poder econômico relacionadas a um evento com a presença do pastor Silas Malafaia, enfatizando que “não havia um centavo meu envolvido”. Essa justificativa pareceu mais uma tentativa de afastar a culpa de si e reforçar a narrativa de que as acusações fazem parte de uma estratégia para desestabilizá-lo.
Bolsonaro celebrou a vitória de seus candidatos nas eleições municipais, ressaltando o aumento do número de votos para os partidos de direita. “Elegemos dois prefeitos em capitais e estamos no segundo turno em nove delas, com grandes chances de vitória”, afirmou, acrescentando que o PL “veio para ficar” e cumpre suas promessas. Essa confiança no futuro político indica que Bolsonaro já traça suas estratégias para a corrida presidencial de 2026.
A discussão sobre 2026 dominou a coletiva, com Bolsonaro reafirmando sua disposição em concorrer. “Querem tornar alguns de nossos parlamentares e aliados inelegíveis, como Nikolas, meu filho Eduardo e Gustavo Gayer. Estão com medo da gente, mas não podem ter medo do povo brasileiro”, desabafou, deixando claro que sua trajetória política ainda não chegou ao fim.