Guilherme Boulos (PSOL) se refere a Ricardo Nunes (MDB) e diz que para seus seguidores fugirem de relacionamentos abusivos -  (crédito: Reprodução Folha/UOL/Rede TV! e Band)

Guilherme Boulos (PSOL) se refere a Ricardo Nunes (MDB) e diz que para seus seguidores fugirem de relacionamentos abusivos

crédito: Reprodução Folha/UOL/Rede TV! e Band

O deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) criticou a atual gestão do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), e a comparou com um relacionamento tóxico. Ambos os candidatos concorrem à cadeira do Executivo municipal paulistano no segundo turno, marcado para 27 de outubro.

 

Segundo Boulos, é necessário que as pessoas fujam de "love bombing", "ghosting" e "gaslighting" — termos em inglês que definem etapas em relacionamentos abusivos —, enquanto apresentava manchetes sobre Nunes.

 

 

Em publicação em rede social, a campanha de Boulos criticou a gestão atual com comparações a três termos de relacionamento. "Tudo começa com love bombing", inicia a postagem, que segue com a definição do termo: "É quando alguém te enche de atenção e carinho no início de uma relação e, logo depois, muda completamente".

 

 

Na montagem, é sinalizado texto que afirma que Ricardo Nunes prometeu que iria cuidar da cidade, "mas estava assistindo Fórmula 1 enquanto todos estavam no escuro". A fala é em referência ao dia 3 de novembro de 2023, quando a cidade enfrentou um apagão elétrico, e Nunes foi a dois eventos esportivos nos dois dias seguintes: uma competição de MMA no ginásio do Parque Ibirabuera e visita ao camarote da Fórmula 1, no autódromo de Interlagos.

 

Na sequência, é sinalizado o "ghosting", entendido como o sumiço de alguém sem explicações. Na publicação, Boulos compara o comportamento "tóxico" com o não comparecimento de Nunes nos debates de segundo turno na capital paulista. De quatro debates agendados, Nunes compareceu apenas a um

 

Por último, a campanha compara reação negativa a pergunta de repórter com manipulação, ou o "gaslighting". "É o abuso psicológico em que informações são manipuladas, distorcidas ou omitidas tentando levar as vítimas a se sentirem culpadas", explica a publicação. A comparação se refere a um questionamento feito por Nunes de que uma pergunta de jornalista, em coletiva de imprensa, era um desrespeito com o prefeito de São Paulo e com os colegas de profissão.

 

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Na ocasião, um jornalista questionou o prefeito sobre acusações de negociações de cotas de publicidade para que não ocorram debates. "Ah, 'meu', para de conversa. É um desrespeito o que você está fazendo com o prefeito de São Paulo e com seus colegas. Você está falando besteira e está me acusando de algo que não pode fazer", respondeu Nunes, segundo o Terra.

 

Boulos e Nunes disputam a Prefeitura de São Paulo no segundo turno das eleições municipais. Segundo último levantamento do Datafolha, divulgado na última quinta-feira (17/10), Nunes segue à frente com 51% das intenções de voto, enquanto Boulos conta com 33% das intenções, em cenário estimulado.