A base do governador Romeu Zema (Novo) mandou um recado ao chefe do Executivo nesta quarta-feira (23/10). Apesar de o plenário marcar a presença de 59 deputados, apenas cinco votaram um dos vetos que o estado tem o maior interesse em manter: o de número 14, que estabelece paridade de aumento entre os professores e servidores da educação e o piso nacional do magistério, definido em lei federal.
Na hora da votação, oposição e base deixaram o plenário e apenas cinco votos foram registrados, três a favor, um deles do líder do governo, João Magalhães (MDB), e dois contra. Com isso, ele não pode ser apreciado e deve voltar à pauta na próxima sessão, já que nenhum projeto de lei pode ser apreciado em plenário antes dos vetos, já que o prazo para eles serem apreciados venceu e nada mais pode ser analisado antes deles.
Na semana passada, outro veto importante do governador foi rejeitado. Por 51 votos a um, os deputados derrubaram a tentativa de Zema de limitar emendas impositivas para os municípios das bases dos parlamentares. O único voto a favor foi dado por João Magalhães.
Além desse veto não apreciado por falta de quórum, outros tres foram votados, ajudando na liberação da pauta. Ainda restam dois que seguem travando a pauta até sua votação.
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Um foi mantido com o voto até mesmo da deputada autora, Maria Clara Marra (PSDB), após acordo com o governo. O veto incidia sobre normas para produção de açúcar e etanol. Outro foi rejeitado, mas também houve acordo com o governo e o próprio líder encaminhou pela derrubada. Ele previa regras de proteção e segurança para passageiros e condutores de transporte individual de passageiros.
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Segundo apurou a reportagem, parte da base do governador, que nunca foi muito coesa, está “magoada” com a participação de Zema em campanhas de adversários de parlamentares aliados. Um dos líderes dos blocos de apoio a Zema, deputado Cássio Soares (PSD), confirma as “mágoas”. Para ele, o governo terá que fazer um trabalho junto a sua base para reagrupá-la. “Alguns machucados da eleição precisam ser curados. Aí cabe ao governo entrar em campo e fazer sua parte”, afirma Soares.