SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sem apresentar provas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou neste domingo (27/10) que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) orientaram familiares e apoiadores a votarem em Guilherme Boulos (PSOL) para prefeito em São Paulo.
A declaração foi dada a jornalistas no colégio Miguel Cervantes, na zona sul, local de votação do governador. Ele estava ao lado de Ricardo Nunes (MDB), prefeito, candidato à reeleição e seu aliado.
Logo em seguida, Boulos reagiu à declaração do governador bolsonarista: "Que vergonha, né. Nada mais a dizer, é o candidato que ele apoia [Ricardo Nunes] que botou o PCC na Prefeitura de SP". A resposta do candidato do PSOL faz referência às investigações sobre atuação da facção no sistema de ônibus.
Tarcísio foi questionado por uma jornalista sobre um comunicado emitido pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, que interceptou comunicados assinados por membros da facção criminosa orientando o voto em algumas cidades do estado.
"A gente vem alertando isso há muito tempo. Nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com o Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas", afirmou.
Em seguida, o governador foi questionado pela Folha sobre qual era o candidato indicado pelo PCC em São Paulo, ao que Tarcísio respondeu: "Boulos".
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A reportagem procurou a assessoria do governo do estado em busca de mais informações sobre o que foi declarado por Tarcísio.
Segundo o governador, as cidades do estado que têm segundo turno estão contando com uma grande mobilização policial neste domingo (27/10). O governador disse também que, até o momento, as eleições estão ocorrendo de forma tranquila e cumprimentou o TRE-SP pelo trabalho.
Sobre o resultado das eleições em São Paulo, o principal cabo eleitoral de Nunes disse estar otimista. "As pesquisas têm mostrado uma grande vantagem do Ricardo, e nós trabalhamos muito nesse período para mostrarmos o projeto que temos para São Paulo e as realizações", disse.
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À reportagem, o governador ainda disse que considerou a campanha de 2024, na qual atuou como apoiador, mais difícil do que a de 2022, quando foi candidato ao governo.