Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito, neste domingo (27/10), prefeito de São Paulo. Com 100% das urnas apuradas do segundo turno, ele chegou a 59,35% dos votos válidos. O segundo colocado, Guilherme Boulos (Psol), teve 40,65%.
O novo vice-prefeito da capital paulista é Mello Araújo, ex-coronel da Polícia Militar, do PL. Além dos dois partidos, a coligação liderada por Nunes, chamada “Caminho Seguro pra São Paulo”, contou com os apoios de PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Agir, Mobiliza e União Brasil. A chapa assume no primeiro dia de janeiro de 2025.
Em 2012 e 2016, Nunes foi eleito vereador do município. Já em 2020, o prefeito reeleito concorreu ao cargo de vice-prefeito da capital paulista, ao lado de Bruno Covas. Com a morte de Covas, Ricardo Nunes assumiu o cargo de prefeito.
Classificação final (votos válidos)
Ricardo Nunes (MDB): 59,35% (3.393.110)
Guilherme Boulos (Psol): 40,65% (2.323.901)
Votos válidos: 5.717.011
Nulos: 6,75% (430.756)
Brancos: 3,66% (234.317)
Quem é Ricardo Nunes?
Ricardo Luís Reis Nunes é o atual prefeito da cidade de São Paulo e reeleito pelo MDB. Paulistano de 55 anos, Nunes é empresário e reside na Zona Sul da cidade. Com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito foi reeleito com o vice Coronel Mello Araújo (PL).
Nunes iniciou sua trajetória política aos 21 anos, quando disputou pela primeira vez uma vaga na Câmara Municipal, mas não foi eleito. Vinte anos depois, em 2012, conquistou mais de 30 mil votos e iniciou sua primeira legislatura. Em 2016, foi reeleito com 55 mil votos.
No Legislativo, levou sua experiência como empreendedor e se dedicou a estudar a situação econômica da capital. Durante seis anos, foi relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento da cidade, atuando também em várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), como Sonegação Tributária e Evasão Fiscal, que resultaram na recuperação de mais de R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
Em 2020, Nunes foi eleito como vice de Bruno Covas, que morreu em 2021 vítima de um câncer. Em maio daquele mesmo ano, Nunes assumiu como prefeito definitivo da capital paulista. Em meio a um racha no PSDB, o partido resolveu lançar candidatura própria, o oponente José Luiz Datena - com isso, perdeu seus oito vereadores na Câmara Municipal, que foram para outras siglas apoiadoras de Nunes. À Folha, o candidato classificou como uma injustiça o fato de o PSDB não o apoiar na sua tentativa de reeleição e lançar outra candidatura.
"Eu não diria que é uma traição, mas acho que é uma injustiça. E por que acho que seria uma injustiça? O Bruno [Covas] não poderia disputar a reeleição. Eu fui um vice escolhido pelo Bruno. A tendência já seria natural de que eu fosse o candidato agora apoiado pelo Bruno Covas", disse o prefeito.
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Nunes apresentou diversos projetos de lei voltados para incentivar e apoiar o empreendedorismo, focando na geração de emprego e renda na Zona Sul. Entre suas iniciativas estão a licença de funcionamento e planos de incentivo para empresas da região.
Além de sua atuação política, Nunes foi diretor da Associação Empresarial da Região Sul (AESUL) e participa como voluntário em projetos sociais voltados para a educação. Ele anunciou o Coronel Mello Araújo, militar aposentado e “bolsonarista raiz” como seu candidato a vice para a disputa eleitoral.