Mais de 630 mil eleitores não foram às urnas para escolher o chefe da PBH pelos próximos quatro anos
 -  (crédito:  Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

Mais de 630 mil eleitores não foram às urnas para escolher o chefe da PBH pelos próximos quatro anos

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A.Press

Mais de 640 mil belo-horizontinos deixaram de votar neste domingo (27/10), quase um terço do total dos eleitores registrados na capital mineira. A abstenção chegou a 31,95% no segundo turno do pleito municipal, contra 29,54% no primeiro turno. O crescimento de mais de dois pontos percentuais representa mais os 44.844 eleitores que não foram às urnas. 

 


Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisados pelo Núcleo de Dados do Estado de Minas, a abstenção em BH cresce progressivamente desde 2012. No último pleito que elegeu Alexandre Kalil (sem partido) e teve Fuad Noman como vice (PSD), em 2020, os ausentes somaram 28,34% (550.665). Em 2016, esse número foi menor: 21,66% (417.543). 

 

 

Já 2012, último ano em que a corte eleitoral disponibilizou os valores de abstenção, apenas 18,88% (351.244) dos belo-horizontinos deixaram de votar. 

 


Em entrevista ao EM, o professor de ciências políticas da ESPM, Paulo Ramirez, aponta que houve mudança no eleitorado e aumento no desinteresse pela política belo-horizontina. “Em um cenário eleitoral como o de Belo Horizonte, em que de fato não há muita propensão à emotividade, isso acaba afastando o eleitor, já que ele está acostumado dentro daquilo que visualiza nas redes e nos reality shows”, disse. 

 

“Há comportamentos mais enfáticos do ponto de vista das emoções, dos afetos, com gritos ou mesmo relações amorosas. Belo Horizonte hoje carece desses aspectos, o que vai criando um cenário de apatia e pouco interesse pelo debate eleitoral”, afirmou o especialista.


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