A vitória de Fuad Noman, reeleito prefeito de Belo Horizonte, em disputa acirrada com o deputado estadual Bruno Engler (PL), foi celebrada pelos apoiadores como uma derrota do bolsonarismo na capital mineira e um recado da população contra campanhas agressivas e desinformação. Engler foi apoiado por lideranças importantes da direita no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL).
“Foi uma campanha de ataque contra trabalho. E quando você tem somente o ataque, somente a covardia, acaba perdendo essa luta, porque de um lado está aquele que trabalha, que fez obras pela cidade, e as pessoas vão avaliar isso”, afirmou o vice-prefeito eleito, vereador Álvaro Damião (União Brasil), refeito na chapa de Fuad. Segundo ele, o prefeito “não merecia nada disso”.
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“A verdade prevaleceu contra o radicalismo”, avaliou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que acompanhou a votação na residência do prefeito e chegou com ele ao comitê, onde aliados e políticos de diversas legendas aguardavam o resultado da apuração. Para Silveira, a reeleição de Fuad foi a vitória da “boa política”, característica dos mineiros, contra as “mentiras, fake news e crimes diversos”. “Eu chamo de delinquência eleitoral o que aconteceu, demonstrando um radicalismo, contra a boa política”, completou o ministro, que usava um boné escrito Lula.
Para o ministro, a vitória em BH é um passo a mais para a derrota do bolsonarismo na próxima eleição presidencial, que, segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve disputar novamente.
O presidente do PSD-MG, deputado estadual Cássio Soares, classificou a reeleição de Fuad como conquista da “democracia” contra uma campanha marcada, segundo ele, por ataques “baixos e nefastos”.
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"Acho que se fez justiça. A democracia se fez acontecer. Conseguimos superar todos esses ataques muito nefastos nessa reta final, ataques baixos. A população de Belo Horizonte, como sempre, dando um show de discernimento, de saber escolher. E assim como o prefeito Fuad disse, nós agora vamos governar para Belo Horizonte, para todos, quem votou, quem não votou”.
Também presente no comitê de Fuad, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que desde a pré-campanha defendeu o apoio do partido à reeleição de Fuad, avalia a vitória do prefeito como um recado do “povo brasileiro e belo-horizontino por uma opção, por uma postura moderada, moderna”.
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“Essa eleição deixa vários recados, mas em especial que Belo Horizonte não aceita o bolsonarismo, é uma derrota não só em Belo Horizonte, mas no Brasil do bolsonarismo, a extrema direita radicalizada de um discurso de ódio, de um discurso de preconceito, de um discurso que não tem nada de real e concreto para resolver os problemas da sociedade brasileira”, avaliou Lopes. Para ele, além disso, a vitória de Fuad é importante para disputa pelo governo de Minas em 2026.
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“É a demonstração que o presidente Lula acertou no diagnóstico em 2022. Fez uma aliança de centro e isso agora requer que o nosso projeto nacional faça uma avaliação do resultado e faça uma composição no parlamento com o centro, mas faça também uma composição no governo e que sinaliza um projeto de diálogo com agro, com os evangélicos, com a nova classe média que o PT ajudou a construir, e com o povo que aumentou a renda no governo Lula um e dois, se tornou empreendedor, e agora o PT precisa aprender apresentar soluções para esse povo ter mais sucesso na vida e mais prosperidade”, afirma o parlamentar.