Fuad Noman disse que ficou em "choque" quando recebeu a notícia da doença, mas que a enfrentou com muita "força e determinação" -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Fuad Noman disse que ficou em "choque" quando recebeu a notícia da doença, mas que a enfrentou com muita "força e determinação"

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

O prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) prometeu aprimorar o tratamento do câncer em Belo Horizonte. Ao comentar sua experiência pessoal com a doença, o chefe do Executivo afirmou que os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) devem ter acesso ao mesmo nível de tratamento que ele recebeu. Uma de suas promessas de campanha é acelerar o acesso ao tratamento de câncer, incluindo todo o processo, desde a suspeita inicial até o início do tratamento da doença.

 

 

Em entrevista à GloboNews, na manhã desta segunda-feira (28/10), o prefeito Fuad Noman disse que ficou em "choque" quando recebeu a notícia da doença, mas que a enfrentou com muita "força e determinação". Fuad encerrou o tratamento contra o linfoma não Hodgkin e fez a sua última sessão de quimioterapia na segunda semana de outubro. Ele foi diagnosticado com câncer na pré-campanha eleitoral, em julho.

 

 

"O fato do atendimento médico ter acontecido muito rapidamente, me ajudou muito. Na quinta-feira fui ao hospital, o médico identificou um risco, uma doença, chamou o especialista. Na sexta-feira eu fiz os exames, confirmou que eu tinha o câncer. No sábado eu fiz a cirurgia. Na segunda-feira eu comecei o tratamento. Isso foi fundamental para que em quatro meses eu pudesse ter o resultado negativo de todos os exames", disse o prefeito reeleito.

 

Fuad disse que ficou "preocupado" com o contraste entre sua experiência pessoal, com acesso a médicos particulares, e a realidade enfrentada por pacientes que não têm acesso a um plano de saúde. Ele ressaltou que a demora excessiva no processo, desde a suspeita da doença até o início do tratamento, é um "perigo".

 


"A pessoa vai no posto de saúde, o médico identifica o risco, pede o exame, vai procurar o exame, demora dois, três meses para fazer o exame, faz o exame, volta para o posto, o médico olha e fala, tem que fazer cirurgia, aí espera mais dois, três, quatro meses. Ou seja, desde o momento que ele identificou o problema até o tratamento final, pode demorar três meses, sete meses, oito meses, o que é um perigo. Por esse motivo, eu percebi que nós não podemos deixar o pessoal do SUS não ter o mesmo tratamento que eu tive", afirmou.

 

O prefeito também ressaltou uma parceria com a Faculdade de Ciências Médicas para a abertura de um hospital 100% SUS, que, segundo ele, os primeiros atendimentos devem começar em dez dias. 

 

"Nós vamos centralizar (os atendimentos). A pessoa vai no posto de saúde, identifica o risco, sai para o hospital e lá terá todo o procedimento. Exame, se for o caso de cirurgia, se for o caso de tratamento. Porque eu aprendi muito com essa doença. Eu aprendi que se a gente cuidar rapidamente, a gente salva muitas vidas. E eu não quero ver as pessoas, no SUS de Belo Horizonte, que tiverem chances de serem bem tratadas, possam morrer com falta de atendimento. Então, eu estou muito feliz de ter vencido, mas estou muito esperançoso de poder transferir isso para milhares e milhares de pessoas que usam o SUS", concluiu.

 

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Fuad Noman foi reeleito prefeito de Belo Horizonte, com 53,73% dos votos válidos contra 46,27% obtidos pelo deputado estadual Bruno Engler (PL). A abstenção foi de 31,95% dos eleitores e superou os votos obtidos por Engler. Os votos brancos foram 3,41%, e os nulos, 4,56%.


 

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