Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apelaram para a emoção no último dia do horário eleitoral gratuito antes do primeiro turno, no próximo domingo, quando o novo chefe do Executivo municipal será escolhido por 1,9 milhão de eleitores, terceiro maior colégio eleitoral do país.

 

Alguns, como Bruno Engler, deputado estadual que concorre pelo PL, e Rogério Correia, deputado federal e candidato do PT, exibiram seus padrinhos na disputa: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente. Engler abusou de imagens de Bolsonaro e também de outras lideranças da extrema direita, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) e o senador Cleitinho (Republicanos). Engler disse ainda que aprendeu muito nas caminhadas e conversas da campanha e garantiu ser o único candidato de oposição e que representa mudança.


Rogério Correia exibiu a mesma declaração protocolar gravada por Lula em seu apoio, apesar de o presidente não ter participado presencialmente da sua campanha ao longo de todo o primeiro turno. O candidato pediu ainda ao eleitor que escolha um prefeito que se preocupe com a população mais desassistida. “Nessas eleições, não se esqueça. Tem coisas que só seu voto pode fazer. Escolha o prefeito que se preocupa com o povo”.


Já o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), candidato que disputa coligado com o Novo, do governador Romeu Zema, encerrou o horário eleitoral sem exibir nenhuma vez o apoio do mandatário do estado. Com um dos menores tempos de propaganda, Tramonte apelou aos eleitores para que convençam amigos e familiares a votar nele. O candidato também destacou suas propostas e fez trocadilho com seu número de campanha, que é 10.



Críticas

 

Também com pouco tempo no horário, o menor entre os candidatos, a deputada federal Duda Salabert (PDT) foi na mesma linha que Tramonte e pediu aos seus eleitores que consigam mais dois votos para garantir sua ida para o segundo turno. Duda prometeu “amassar” o adversário, caso consiga passar para a segunda fase da disputa. “Com mais tempo eu amasso qualquer um”, afirmou a candidata.


O vereador Gabriel Azevedo (MDB) manteve o tom adotado ao longo de toda sua campanha eleitoral no rádio e na televisão e encerrou a campanha criticando os candidatos que , segundo ele, “puxam saco” de Lula e Bolsonaro, em alusão a Correia e Engler. O vereador alfinetou ainda Tramonte e o senador Carlos Viana, candidato pelo Podemos, ambos apresentadores de televisão.

 

Segundo Azevedo, os dois sabem o que é um estúdio de televisão, mas "não conhecem a cidade”. Em relação ao prefeito Fuad Noman (PSD), que disputa a reeleição, Azevedo disse que ele é apoiado pelos empresários de ônibus. Azevedo defendeu que é importante sonhar, mas sem esquecer o “arroz com feijão”.

 


Com poucos segundos no horário eleitoral gratuito, Viana disse que sempre trabalhou pela cidade e que não ficou “postando vídeos nas redes sociais”. O candidato também destacou sua trajetória profissional que, segundo ele, vai de “engraxate a senador”.

 

 

Mais atacado

 

Fuad Noman terminou a campanha de rádio e televisão do primeiro turno se defendendo dos ataques que sofreu ao longo da disputa e disse considerar injustas com ele e com a cidade as críticas feitas pelos adversários. “Claro que Belo Horizonte tem problemas, mas dizer que está tudo uma porcaria é um desrespeito também com o eleitor”. Dono do segundo maior tempo no horário eleitoral – Engler tem o primeiro –, o prefeito afirmou ter “sensibilidade social” e energia para governar a cidade.

 

O prefeito mostrou suas realizações ao longo dos seus dois anos de mandato – ele assumiu em abril de 2022 – e pediu mais quatro anos “para poder fazer muito mais”. Em caso de segundo turno, o horário eleitoral gratuito começa no dia 11 e vai até o dia 24, três dias antes do segundo turno, no dia 27. 

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