O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o petista Rogério Correia, ajuizou queixa-crime contra o bolsonarista Bruno Engler (PL), que também disputa as eleições para o comando da capital, por difamação eleitoral. No debate dessa quinta-feira (3/10) da "TV Globo", Engler disse que Correia tem “fama de usar substância que rima com cloroquina”, sugerindo que o petista é usuário de cocaína. Ele também apertou uma das narinas, gesto que representa o uso da droga. 

 

Acompanhe a cobertura completa das Eleições 2024


A estratégia usada por Engler é a mesma do candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB),  que acusou seu adversário Guilherme Boulos (Psol) de também fazer uso de drogas. Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo a pagar R$ 30 mil a Boulos por propaganda eleitoral negativa inverídica devido a essas acusações. Também teve que publicar direito de resposta.




 

De acordo com o petista, o bolsonarista fez a falsa acusação de forma “deliberada, premeditada e maliciosa, com exclusiva finalidade de prejudicar a honra, imagem e reputação do candidato”.

 


“A acusação feita no debate eleitoral para a prefeitura de Belo Horizonte atribui ao candidato Rogério Correia um status moral extremamente negativo, tendo em vista que possui conteúdo notoriamente injurioso e difamatório, especialmente por não haver qualquer prova da prática real baseada na realidade”, diz um trecho da ação que pede a condenação e o pagamento de R$ 60 mil de indenização por danos morais. 


O candidato também pleiteia o agravamento da pena, pois as “ofensas criminosas foram praticadas durante debate eleitoral de televisão aberta, atingindo milhões de pessoas em tempo real, por meio que facilita sua divulgação”. 

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia


A ação diz ainda que Correia possui histórico de vida marcado por conduta “pessoal e profissional íntegra, proba e responsável e depende diretamente de sua boa reputação para o exercício de sua vida pública, justamente o que Bruno Engler busca macular”.

 

Questionado sobre a ação, Engler disse que fez apenas um gesto. “Eu não vou comentar sobre quem não está nem perto de chegar no segundo turno. Agora, eu fiz um gesto e não falei nada. Se a carapuça serviu o problema é dele”, Engler sobre ação de Correia.

compartilhe