O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Correia (PT), foi ofendido quando saía da zona eleitoral onde votou, na Escola Estadual Melo Viana, no bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de BH, na manhã deste domingo (6/10). A mulher e a neta, de apenas 9 anos, também sofreram com os xingamentos, denunciados à Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

 

 

De acordo com os militares que estavam no local e registraram a ocorrência, um homem não identificado que passava em uma Toyota Hilux, na Rua Padre Eustáquio, próximo ao local de votação, ofendeu a todos. Além dos xingamentos, o sujeito pediu a prisão do deputado. Os policiais anotaram a placa do veículo, afirmaram que se trata de um carro de empresa, com CNPJ, e tomaram as devidas medidas.

 



 

"Eu só ouvi o barulho, ele passou e xingou a esposa do Rogério e a neta. É calúnia, né? Aí o Rogério ficou muito nervoso, mas ainda bem que tinha dois policiais e eles anotaram a placa do carro. O Rogério vai apresentar uma denúncia e o advogado está com os dados dessa situação. Belo Horizonte não tinha isso e, agora, infelizmente tem. O agressor, dito corajoso, fugiu xingando", disse o cunhado de Rogério, Lucas Espeschite.

 

 

O candidato não pôde permanecer no local, pois precisava continuar a agenda com a ministra Macaé Evaristo, que o acompanhou anteriormente junto da vice, Bella Gonçalves (Psol) e o deputado federal Patrus Ananias (PT). O advogado Tiago Baptista e familiares permaneceram no local para dar continuidade no BO e para apoiar as vítimas. Na casa da família de Rogério, eles comentaram sobre o ocorrido.

 

"A gente nota que é um 'apito de cachorro'. São pessoas que não estão acostumadas com a democracia e fazem isso. A gente viu um candidato no último debate fazendo coisas que não estão acostumados com a democracia e acaba colocando militância nessa situação. Colocam eles para ficarem agressivos, com um discurso de ódio. Infelizmente, não atacam só o PT e a esquerda progressiva, mas também a democracia", comenta o advogado do deputado, Tiago Baptista.

 

 

Já a irmã de Correia, Mônica Correia Baptista, lamenta o ocorrido e diz que se preocupa com a sobrinha, Maria, neta de Rogério, que ficou muito abalada com a situação. Ela afirma que a situação pode ser ainda pior nos bastidores, como os grupos de ódio na deep web. Para ela, a propagação dos discursos de ódio é perigoso e a única solução é a punição contra esse tipo de violência.

 

Momentos antes da agressão verbal, a neta de Rogério Correia (PT), o acompanhou durante a votação

Gladyston Rodrigues/EM/DA Press

 

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"O mais importante é que isso não passe em brancas nuvens, porque essas pessoas precisam apenas aprender que a democracia se faz com lei também. Para proteger o eleitor, nós fizemos ontem uma passeata linda. Não teve agressão, foi muito tranquila. Não tivemos nenhuma manifestação de ódio e assim a gente vai acreditando, porque a gente lutou muito para ter essa democracia no país", comenta a irmã, Mônica Correia.

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