Ao som de "Vou festejar", hit de Beth Carvalho (1946-2019) e de suspensórios vermelhos, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que disputa mais um mandato, comemorou a votação que o levou para o segundo turno das eleições na capital, depois de começar a corrida de forma desconhecida e sem o apoio de seu antecessor, Alexandre Kalil (sem partido).
Fuad assumiu o comando da capital, em abril de 2022, com a renúncia de Kalil, de quem era vice. Kalil deixou o comando da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para disputar o governo de Minas, perdendo para Romeu Zema (Novo).
O prefeito disse que, apesar dos ataques que ele e a "cidade sofreram" durante a disputa, gostaria de parabenizar os adversários. Ele também prometeu um segundo turno "civilizado" e sem ataques.
“Gostaria de cumprimentar os meus adversários, que acabaram atacando muito a cidade e a mim. Entendo como um gesto de campanha. Terminada a campanha, acabou. Vida nova, vamos trabalhar. Vamos trabalhar agora para vencer as eleições no segundo urno. Estou muito feliz, estou alegre”, disse Fuad, que que não quis falar sobre os apoios que pretende buscar para a disputa do segundo turno. Segundo ele, as possíveis alianças vão começar a ser discutidas nesta segunda-feira (7/10).
Fuad acompanhou a apuração em sua casa e, na reta final, foi para a sede do PSD, na Savassi, na Zona Centro-Sul da cidade, onde estavam o presidente do partido em Minas Gerais e na capital, deputado estadual Cássio Soares, e também o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.(PSD), vestido com uma camiseta escrito "mineiridade". De acordo com o ministro, é esse sentimento que o PSD pretende buscar no segundo turno.
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Militantes e dirigentes de outras legendas que não fazem parte do arco oficial de alianças de Fuad, entre eles, integrantes do PSB, PDT, PT e PCdoB e Rede, se reuniram na sede do PSD para acompanhar o resultado e a entrevista de Fuad.
Acompanhe a apuração das eleições
'Vou festejar'
Durante a apuração, apoiadores de Fuad cantaram o samba "Vou festejar", imortalizado na voz de Beth Carvalha e tido como hino extra oficial do Galo, como forma de provocação ao atleticano Kalil, que não apoiou Fuad. "Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão. Chora", diz um trecho da canção.
Ao ser questionado se esta canção era uma provocação a Kalil, Fuad disse que "não fala mais desse moço".