SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pablo Almeida (PL), candidato mais votado para vereador em Belo Horizonte (MG) com 39.960 nesse domingo (6), fez campanha defendendo pautas antiaborto, contra a chamada linguagem neutra e de que as pessoas transexuais tentam destruir a "influência judaico-cristã" na sociedade.

 

Almeida tem 44 mil seguidores no Instagram. Assim como Lucas Pavanato (PL), candidato a vereador mais votado em São Paulo, é apadrinhado político do deputado federal mineiro Nikolas Ferreira (PL). "Avisa lá, que o vereador mais votado de BH não é mulher trans, não é de esquerda, é conservador e cristão", comemorou Nikolas ao lado do aliado nas redes sociais após o resultado das urnas.

 

 

Em uma publicação com 1.595 curtidas, Almeida compartilhou a imagem de uma gestante com a inscrição: "Não é seu corpo. Não é a sua escolha". Em outra publicação, divulgou imagens de um suposto grupo de crianças transexuais durante a Parada LGBTQIA+ em São Paulo. "Querem sequestrar a alma das nossas crianças. Querem acabar com a pureza e inocência delas", escreveu.

 



 

Em outra imagem, ele segura um cartaz em protesto contra a linguagem neutra. "Quem usa todes é analfabetes".

 

Nas redes, Almeida também ironizou uma imagem da deputada federal Duda Salabert (PDT), no qual a parlamentar usa um adesivo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Salabert foi a primeira vereadora trans eleita em Belo Horizonte, em 2020. Na ocasião, obteve mais de 37 mil votos, votação agora ultrapassada agora por Almeida.

 

Foi eleita em 2022 para a Câmara dos Deputados, em Brasília. Neste ano, ela se candidatou à prefeitura da capital mineira, mas foi derrotada com 7,68% dos votos.

 

 

Nas redes, Almeida também fez críticas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes devido ao bloqueio do X e o chamou de "ditador da toga". "Alexandre de Moraes ou a democracia. Os dois não pode mais coexistir", disse em um vídeo divulgado no final de agosto.

 

No projeto de campanha, Almeida propõe garantir "a moral e os bons costumes em Belo Horizonte" com a proibição de "crianças em exposições de nudez, seja em eventos artísticos, culturais e afins", proibir acesso de menores a "estabelecimentos que comercializem produtos com conotação sexual ou erótica" e fiscalizar o Judiciário para garantir a integridade "física, mental, sexual e religiosa das crianças e adolescentes".

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