FOLHAPRESS - Entre os quatro primeiros derrotados à Prefeitura de São Paulo, apenas a deputada Tabata Amaral (PSB) declarou apoio para Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno, diante de Ricardo Nunes (MDB).

 

O autodenominado ex-coach, Pablo Marçal (PRTB) disse que deve apoiar Ricardo Nunes (MDB) se o prefeito encampar algumas das suas propostas.

 



 

José Luiz Datena (PSDB) disse que não tem intenção de apoiar nenhum dos dois concorrentes. O PSDB, no entanto, confirmou que apoiará Nunes, mesmo depois de ter abandonado a candidatura do atual prefeito no primeiro semestre.

 

A candidata Marina Helena (Novo) afirmou que deverá definir a sua postura no segundo turno após uma reunião com as lideranças do partido.

 

Após a apuração dos votos na noite deste domingo, Tabata disse que o seu voto será em Boulos e atacou a gestão de Nunes na capital.

 

"Passei os últimos meses mostrando para as pessoas que a gente tem uma gestão absolutamente medíocre. Ricardo Nunes é o pior prefeito que São Paulo já teve. Eu não consigo achar normal que a minha cidade, que é a cidade mais rica da América do Sul, tenha 80 mil pessoas na rua", disse a deputada, emocionada com o seu resultado nas urnas.

 

 

A parlamentar ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 9,93% dos votos.

 

O apoio a Boulos, porém, será contido. Ela afirmou que não vai subir em palanque nem negociar cargo nem no âmbito municipal, nem estadual e nem federal. "É um voto por convicção não é um voto negociado", disse Tabata.

 

Quinto colocado no primeiro turno, Datena afastou a possibilidade de apoiar Nunes ou Boulos na sequência da corrida eleitoral. "Até porque pela minha diferença de votos não fará diferença nenhuma", disse o tucano.

 

Frustrado com o seu resultado nesta eleição, com 1,84% dos votos, Datena planeja acelerar o seu retorno à televisão. Para isso, ele tenta se desvencilhar o quanto antes da eleição.

 

"Eu gostaria de voltar [para a TV] nesta segunda-feira, mas não seria nem ético de minha parte e nem da Band, claro. Ter um apresentador que foi candidato", falou Datena.

 

 

A jornada de candidato também deixou Datena sob forte estresse, ao ponto de o tucano sofrer com mal-estar e passar por uma bateria de exames no hospital Sírio-Libanês. O objetivo, agora, é o de cuidar da saúde e definir o seu futuro na Bandeirantes - o contrato do apresentador expira no final deste ano.

 

"A minha intenção é nunca mais voltar à política e repensar também a minha carreira. Eu tenho que conversar com a emissora e ver qual vai ser o meu papel na televisão", afirmou Datena.

 

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O PSDB, por sua vez, não ficou em cima do muro e resolveu apagar a divergência com Nunes. O presidente nacional, Marconi Perillo, justificou o apoio em Nunes como forma de combater "os extremos e a radicalização" e o que chamou de lulopetismo.

 

"Em São Paulo, o partido recomendará o voto em Ricardo Nunes, no segundo turno, contra o lulopetismo por uma questão de coerência ideológica histórica. Somos a favor de um país com equilíbrio, com justiça social, com equidade, que respeite a liberdade e a democracia", diz a nota assinada por Perillo e pelo deputado Aécio Neves.

 

Em outra nota, Aécio diz que "entre os candidatos que disputam essa etapa final, não tenho dúvida de que Nunes é quem melhor pode administrar a principal capital brasileira, gerando um ambiente de tranquilidade política e social necessária para o desenvolvimento do município, contribuindo, assim, com todo o país".

 

 

Já Marina Helena (Novo), que no início da campanha fazia dobradinhas com Marçal em debates, não sabe se apoirá Nunes no segundo turno. Ao longo da campanha, ele disse várias vezes que nunca apoiaria um candidato de esquerda.

 

Em nota, Marina diz que vai se reunir com lideranças do Novo para escolher qual papel assumir na sequência da campanha. "Em São Paulo, a vereadora Cris Monteiro foi reeleita com mais de 56 mil votos; há muito o que trabalhar pelo Novo, em São Paulo e no Brasil", diz.

 

Cris Monteiro, inclusive, integra a base de apoio de Nunes na Câmara de Vereadores.

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