Após o fim do primeiro turno das eleições, a deputada estadual e candidata a vice-prefeita na chapa de Rogério Correia (PT), Bella Gonçalves (PSOL), declarou apoio ao atual prefeito, Fuad Noman.
 

 

Segundo Bella, o objetivo agora é unir forças contra a candidatura de Bruno Engler (PL). “Já conversei com o prefeito Fuad nesta manhã, reafirmando nosso compromisso com o campo democrático e declarando meu apoio e o do PSOL. Devemos nos reunir ainda esta semana para definir como será nossa participação na campanha do segundo turno”.

 

Engler saiu na frente no primeiro turno, com 34,38% dos votos válidos, enquanto Fuad obteve 26,54%. Em números absolutos, o parlamentar conseguiu uma vantagem de quase 100 mil votos e terá três semanas para tentar, pelo menos, manter essa margem.

 

Bella também avaliou os resultados eleitorais. “Trabalhei pela unidade do campo progressista, abrindo mão da minha candidatura para formar uma frente mais ampla. Não conseguimos vencer a eleição para a prefeitura, mas ampliamos nossa bancada na Câmara Municipal. Agora, precisamos nos reposicionar em defesa da cidade, do povo e de nossa coerência na luta contra a extrema-direita".

 

Voto útil

Inicialmente, Bella foi contrária ao voto útil. Em entrevista ao Estado de Minas no dia 29 de setembro, afirmou que os eleitores progressistas que cogitavam apoiar o atual prefeito estavam cometendo um grave erro, especialmente por causa de seu vice, Álvaro Damião (União Brasil), a quem classificou como "bolsonarista".

 

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“Esse voto útil é o que impediu Belo Horizonte de ter uma prefeitura progressista nos últimos 20 anos. Não há novidade nisso. Essas pessoas mantêm uma postura conservadora, apostando no ‘mal menor’ há muito tempo. Não estão mudando agora por conta do cenário eleitoral; sempre estiveram com Fuad. Sabemos que há partidos, inclinados à esquerda, que têm apoiado Fuad de maneira envergonhada, e agora o fazem de forma mais explícita”, afirmou Bella.

 

Contudo, três dias antes da eleição, em 3 de outubro, também ao EM, Bella adotou um tom diferente sobre o apoio: “Com tantos indecisos, essa discussão só faria sentido no segundo turno. Mas, agora, acolho o medo das pessoas”.

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