FOLHAPRESS - Dois dias após sair derrotado em sua tentativa de reeleição, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), publicou e em poucas horas voltou atrás em sua decisão de exonerar 1.962 funcionários comissionados ou que ocupavam cargos de confiança na administração municipal.

 

 

Os decretos de exonerações e dispensas constavam no Diário Oficial do município publicado na manhã desta terça-feira (8/10), e revogados em uma edição suplementar publicada à tarde.

 

Rogério disputou as eleições municipais de domingo (6/10) e terminou em sexto lugar, com 3,14% dos votos. O segundo turno será disputado entre o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), que alcançou 31,14% dos votos, e o ex-deputado federal Sandro Mabel (União), que chegou a 27,66%.

 

 

Em uma primeira nota à imprensa, a prefeitura disse que as exonerações fazem parte de uma reorganização da máquina pública nos últimos meses de gestão.

 

"A medida reflete o compromisso em garantir o cumprimento das metas fiscais e manter a saúde financeira do município até o final do ano", continua o texto.

 

 

À tarde, uma segunda nota confirmou o recuo na decisão. "A administração segue comprometida com o equilíbrio fiscal e a saúde financeira do município, mantendo sua atenção às metas estabelecidas para o final da gestão", diz o comunicado, sem mais detalhes.

 

Rogério Cruz foi eleito vice-prefeito de Goiânia em 2020 na chapa liderada por Maguito Vilela (MDB), que venceu enquanto estava internado devido à Covid-19.

 

O titular tomou posse virtualmente no hospital, mas não chegou a exercer o cargo. Cruz assumiu como prefeito interino em 1º de janeiro de 2021, foi efetivado com 13 dias de mandato após Maguito falecer por complicações da doença.

 



 

Rogério Cruz é um dos quatro prefeitos que perderam reeleição no primeiro turno em capitais brasileiras. Também foram derrotados José Sarto (PDT) em Fortaleza (CE), Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém (PA) e Dr. Pessoa (PRD) em Teresina (PI).

 

Além de Fred Rodrigues e Sandro Mabel, Rogério também ficou atrás da deputada federal Adriana Accorsi (PT), do ex-apresentador de televisão Matheus Ribeiro (PSDB) e do senador Vanderlan Cardoso (PSD).


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O segundo turno em Goiânia vai colocar frente a frente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de Goiás Ronaldo Caiado (União), em meio a um estranhamento entre os dois.

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