Em Canápolis, na Bahia, o candidato a prefeito Rubiê (MDB) não contou sequer com o próprio voto na eleição do último domingo (6/10). Na plataforma de divulgação de resultados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato aparece com zero votos, enquanto os concorrentes, Dau (Avante) e Charles (PSB), somaram 62,24% (4.959) e 34,76% (2.642) dos votos, respectivamente.

 

Rubiê não é o único que não recebeu apoio no pleito municipal deste ano, no entanto, as outras candidaturas com a mesma contagem foram anuladas, enquanto a dele estava regular.

 

 




Rubiê Queiroz de Oliveira, de 67 anos, é natural do município e já foi prefeito duas vezes: em 2008 e 2018. O candidato também tentou se reeleger em 2020, obtendo 34,22% dos votos, contra 51,64% do candidato Dau, eleito naquele ano. Ao TSE, Rubiê declarou que é aposentado e possui uma casa no valor de R$700 mil como patrimônio.

 

Durante o primeiro mandato, em 2011, Rubiê foi multado em R$20 mil por ter gasto mais de R$330 mil em diversos serviços municipais sem qualquer licitação, sob a argumentação de emergência não configurada.

 


Segundo o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, entre os meses de janeiro e março de 2010, o valor foi utilizado para a contratação emergencial de serviços de manutenção de prédios e assistência à saúde, como a aquisição de medicamentos para a farmácia básica; a revisão geral no motor e no sistema hidráulico da pá mecânica; a aquisição de peças para a pá mecânica; e a limpeza e coleta de lixo.

 

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“A declaração da situação emergencial foi lastreada em situação irregular, causada pela gestão anterior, consequência, portanto, da ação humana, qual seja, a má administração e a negligência com a coisa pública, não se verificando, pois, a presença de situação imprevista ou imprevisível que justificasse a decretação da situação de emergência”, sinalizou o TCM-BA à época.

 

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