Iza Lourença (PSOL) foi a candidata de esquerda à Câmara Municipal de Belo Horizonte mais votada no último domingo (6/10). Com mais de 21 mil votos, ela é a terceira colocada no quadro geral, atrás do bolsonarista Pablo Almeida (PL) e da Professora Marli (PP). A vereadora reeleita passará a integrar um parlamento ainda com maioria conservadora, mas com crescimento significativo nas cadeiras ocupadas por progressistas.

 

Em entrevista ao Estado de Minas, com transmissão no canal do YouTube do Portal Uai, a parlamentar projetou um cenário com a manutenção de bate-bocas no Legislativo da capital mineira, assim como na última legislatura.

 



 

"Eu espero uma câmara difícil de atuar, como foi nos últimos quatro anos. Vamos ter muito enfrentamento. Vocês sabem que eu fui eleita em 2020 junto com Nikolas Ferreira e fiquei dois anos ali brigando com ele todos os dias. Eu espero que essas brigas continuem", disse, projetando o próximo mandato.



Iza encabeça a lista dos progressistas eleitos em 2024. A bancada de partidos alinhados à esquerda saiu de seis para nove nomes entre as 41 cadeiras da Câmara de BH. Iza e Cida Falabella (PSOL) foram reeleitas, e a legenda ainda conseguiu o acréscimo de Juhlia Santos. O PT reelegeu Bruno Pedralva e Pedro Patrus e teve a adição de Luiza Dulci e Pedro Rousseff. Além deles, foi reeleito Wagner Ferreira (PV) e chegou à Casa o novato Emar Branco (PCdoB).

 

A renovação à esquerda deixa a parlamentar psolista um pouco mais confortável sobre o futuro e a aceitação de pautas progressistas na Câmara a partir de 2025. Ela destaca também o aumento de força na resistência aos projetos encaminhados por parlamentares reacionários.

 

“Sem dúvida, a gente vai estar mais fortalecida. Outra coisa importante é que, além do debate ali no plenário, que vai ser melhor e mais dividido, vamos poder atuar em mais pautas. A gente vai estar mais com a população, vai ter mais gente com o povo conversando e debatendo ideias para que consigamos desfazer mentiras, quebrar tabus que são importantes hoje na sociedade e mudar consciências”, complementa Iza Lourença.

 

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