deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), defendeu a desburocratização e a atração de investimentos como pilares para o desenvolvimento da cidade. O parlamentar critica a atual gestão municipal, afirmando que a prefeitura se tornou um obstáculo para o crescimento econômico, classificando-a como "adversária daqueles que geram emprego, renda e oportunidade em Belo Horizonte".

 

Em evento realizado na manhã desta segunda-feira (14/10), Engler apresentou suas propostas relacionadas aos setores da indústria, comércio, bens e serviços. O encontro foi promovido pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, e pelo presidente da Fecomércio MG, Nadim Donato. A agenda foi acompanhada pela sua vice-candidata, Coronel Cláudia (PL), pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e pelo deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PL).

 


O candidato prometeu implementar medidas para facilitar a vida dos empresários, como a redução da carga tributária e a agilidade na liberação de licenças e alvarás, caso seja eleito.

 

Ele também se comprometeu a rever o código de posturas do município para beneficiar os empreendedores, especialmente os comerciantes, que, segundo ele, enfrentam dificuldades para operar na capital. A demora na emissão de alvarás, especialmente para o setor de eventos, foi apontada como um dos principais problemas. A proposta é garantir uma resposta mais rápida e eficiente para aqueles que buscam licenças e autorizações.

 



“A gente costuma dizer que muito ajuda quem não atrapalha e, hoje, a Prefeitura de Belo Horizonte atrapalha bastante. Precisamos seguir na direção da desburocratização e da redução da carga tributária. Uma reclamação frequente dos comerciantes são as dificuldades que enfrentam para operar aqui em Belo Horizonte”, disse Engler em coletiva de imprensa.

 

“Quando olhamos para o setor de eventos, uma grande reclamação é a demora na liberação de alvarás. Há pessoas que recebem o alvará no dia do evento, ou seja, já gastaram dinheiro, divulgaram e venderam ingressos, e só no dia do evento ficam sabendo que, de fato, poderão operar. É necessário ter um prazo definido para isso, com uma resposta, seja positiva ou negativa, mas que seja rápida e eficiente”, completou.

 

Em relação ao setor industrial, Engler afirmou que é preciso fortalecer a segurança pública no Vale do Jatobá, que, segundo o candidato, sofre com invasões, roubos e furtos. Ele propõe o trabalho conjunto da guarda municipal e das forças de segurança do estado para mitigar o problema.

 

“Outra indústria que precisamos fomentar aqui em Belo Horizonte é a de tecnologia, que se encaixa perfeitamente na cidade. É um setor que não demanda tanto espaço, mas que gera muita receita e emprego”, disse. “Isso pode ser feito através de incentivos fiscais e programas de atração, pois muitas dessas empresas nascem em Belo Horizonte e depois se deslocam, crescem e vão para São Paulo ou outras cidades. Queremos manter essas empresas aqui em Belo Horizonte para que nossa cidade prospere”, completou.

 

Engler também afirmou que é necessário desburocratizar e liberar questões relacionadas aos anúncios, permitindo mais de uma placa e a utilização de anúncios luminosos, proposta que está em tramitação na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).

 


Novo plano diretor


O candidato se comprometeu a rever o Plano Diretor, considerando a versão atual "criminosa" por restringir o direito de construir na cidade. Ele criticou a redução do coeficiente de construção, alegando que essa medida prejudicou o setor da construção civil, encareceu os preços dos imóveis e aluguéis na capital mineira, além de ter provocado a migração de empresas para a Região Metropolitana. A proposta de Engler é ampliar o direito de construir, levando em conta as particularidades de cada região da cidade.

 

Transporte público

 

Engler também prometeu "abrir a caixa preta" da BHTrans e renegociar os contratos com as empresas de ônibus. Engler disparou críticas ao atual prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman (PSD), alegando que ele não é capaz de defender os interesses da população, uma vez que sua campanha é financiada por empresários do setor.

 

"O atual prefeito é financiado pelos empresários de ônibus. O próximo prefeito terá a missão de redesenhar os contratos de transporte público aqui em Belo Horizonte, e fica o questionamento: se o prefeito for reeleito, será que ele pensará nos interesses do cidadão ou nos interesses de quem está financiando a campanha dele? Eu e a Coronel Cláudia não temos rabo preso com ninguém; vamos trabalhar sempre em busca do melhor preço e do melhor serviço para o cidadão belo-horizontino", disparou.

 

Serra do Curral


Questionado sobre a mineração na Serra do Curral, o candidato afirmou que respeitará a legislação e o tombamento da área, caso seja aprovado pelo governo estadual. Ele também enfatizou que a prefeitura será rigorosa na fiscalização para combater a mineração ilegal na cidade, caso seja eleito.

 

“No cenário atual, eu sempre digo que é importante diferenciar a mineração legal, que possui todas as licenças ambientais e não gera transtornos ou riscos, da mineração ilegal. Nós teremos na Prefeitura uma fiscalização rigorosa. Não haverá nada irregular, nada ilegal, nada que prejudique nossa cidade na Serra do Curral”, afirmou.

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