O deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, disse que o governador Romeu Zema (Novo) não fez pedidos para condicionar seu apoio à campanha no segundo turno. Nessa quinta-feira (17/10) o chefe do Executivo mineiro, que na primeira volta das eleições apoiou o deputado e apresentador Mauro Tramonte (Republicanos), confirmou o endosso à candidatura do bolsonarista.

 

Engler destacou que o apoio de Zema se dá por um "alinhamento de ideias" e que as conversas foram para resolver os problemas da capital mineira.

 

"O governador não me pediu nada. Ele veio com um alinhamento de ideias. O governador é uma pessoa de direita que no primeiro turno apoiou um outro candidato, é um direito dele, mas assim que a gente teve o resultado ele me ligou de maneira muito gentil e externou essa vontade de conversar", explicou.

 



 

Em agenda no bairro Primeiro de Maio, regional Norte de BH, nesta sexta-feira (18/10), o candidato do PL ainda brincou e disse que, se eleito, vai procurar muito o governador na Cidade Administrativa.

 

"Fico muito feliz de ter o apoio do governador e toda a nossa conversa foi em torno de soluções para BH. Eu deixei muito claro que a partir de janeiro, quando eu for prefeito, vou estar batendo muito na porta dele lá na Cidade Administrativa para resolver os problemas da cidade e da região metropolitana", emendou Engler.

 

O candidato chegou ao segundo turno com 34,38% dos votos válidos e uma das menores coligações de apoio, apenas com o apoio do Partido Progressistas (PP) para além do PL. Por outro lado, seu adversário, o atual prefeito Fuad Noman (PSD) recebeu 26,54% dos votos na maior coligação do primeiro turno - PSD, União Brasil, PSDB/Cidadania, PRD, Avante, Agir e Solidariedade.

 

Com a derrota dos demais candidatos, Engler busca o apoio dos que estão identificados com o campo da direita ou centro-direita. A campanha do bolsonarista negocia com o Republicanos de Mauro Tramonte, terceiro colocado com 15,22% dos votos, e com Gabriel Azevedo (MDB), quarto colocado com 10,55% dos votos.

 

“A conversa com o Tramonte é uma construção que estamos fazendo com o Republicanos, e a gente espera que eles possam estar caminhando conosco. Com o Gabriel a gente teve uma primeira conversa muito produtiva. Falamos muito do meu projeto para Belo Horizonte, mas também de proposições importantes que ele teve no primeiro turno. Deixamos um canal aberto para a gente construir juntos”, declarou o bolsonarista.

 

Corpo a corpo

 

Faltando pouco menos de uma semana para a votação final, Engler retomou o corpo a corpo com eleitores nos últimos dias. Nesta sexta, o candidato fez uma caminhada no Primeiro de Maio e depois partiu para o Jaraguá, na Pampulha, tirando foto com moradores e ouvindo as demandas do eleitorado.

 

Acompanhado pela sua vice Coronel Cláudia (PL) e vereadores eleitos pelo PL, como Cláudio do Mundo Novo, Engler também pediu votos e entregou santinhos. Questionado sobre as propostas para as comunidades da capital mineira, o candidato citou a necessidade de melhorias no saneamento básico e coleta seletiva de lixo.

 

“Quatro porcento dos belo-horizontinos não tem coleta de lixo domiciliar, e muitas vezes (falta) nas áreas periféricas. Quando tem, é por volta de três vezes por semana, não é um serviço suficiente. A própria questão do saneamento básico é uma construção que temos de fazer com a Copasa e universalizar esse tratamento de esgoto, e exigir manutenção onde já existe”, afirmou.

 

Engler também citou a estrutura de lazer das comunidades destacando a necessidade de aumentar os investimentos e reformar os campos de futebol. “São um ambiente que une as comunidades em torno de campeonatos. Você precisa ter um carinho com a prática de esportes, você trocar o terrão pela grama sintética, fazer um vestiário, banheiros. Tem muitas coisas que a gente precisa fazer pelas periferias de Belo Horizonte”, completou.

 

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