O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, vive clima de "nostalgia". Durante um evento, na manhã desta segunda-feira (21/10), ele afirmou que sentirá "saudades" da recepção calorosa dos eleitores. “O tanto que fui abraçado nas ruas, tantos apertos de mão, tantos votos de sucesso... (Os eleitores) fizeram em mim uma alegria muito grande”, disse o postulante à Prefeitura de BH (PBH).


Fuad participou de um encontro com lideranças religiosas na Associação de Pastores da Igreja Batista Getsêmani, no Bairro Dona Clara, na Região da Pampulha. A agenda foi dividida com seu adversário, o deputado estadual Bruno Engler (PL). No local, os convidados apresentaram suas propostas e receberam uma oração.

 


“Nesta última semana estou confiante de que essas pessoas que me abraçaram vão votar. Um fim de campanha em que estou muito alegre, pela receptividade que a população de Belo Horizonte me deu. Espero que a gente saia vitorioso, para que eu possa retribuir a essas pessoas, com trabalho, tudo que me deram de carinho e emoção. Já estou sentindo saudades (da campanha)”, disse o prefeito.

 



Em relação à comunidade evangélica, Fuad comentou que sua estratégia é a de apresentar quem ele é e o que tem feito, convidando-os a comparar suas propostas e ações com as de Engler. Fuad acredita que, ao analisar as opções, os evangélicos se sentirão seguros em votar nele, por representar "a opção pelo trabalho e pela continuidade".


"A população evangélica é muito importante sempre, como qualquer outra religião. É mostrar para essas pessoas quem somos, o que estamos fazendo, pedir a essas pessoas que comparem um candidato com o outro, para que, na hora da votação, a pessoa tenha segurança de estar votando no que ela entende que seja melhor. A igreja, logicamente, é múltipla, aqui tem pessoas que vão votar nos dois candidatos, e eu espero poder convencê-los de que a opção pelo trabalho, a opção pela continuidade do que está sendo feito, é a melhor opção", afirmou disse Fuad.


Questionado sobre as outras comunidades religiosas, Fuad ressaltou que tem visitado “muita gente” e “ouvido muitas demandas”, citando os quilombolas. “Logicamente que não tive tempo ainda de analisar todas as demandas, e a conversa é uma conversa muito rápida. Mas todas as igrejas que visitei têm demandas. E a gente está analisando, tem uma equipe já estudando, para ver o que a gente pode agregar no plano de trabalho de governo e melhorar a vida das pessoas. Uma grande preocupação que tenho são as populações excluídas. Fomos visitar, por exemplo, os quilombolas, e vimos as dificuldades que os quilombolas têm, por exemplo. Visitamos algumas igrejas muito poderosas que não têm problemas, têm demandas que são mais genéricas. Mas há comunidades que precisam muito da prefeitura, e para elas nós vamos trabalhar muito", concluiu.

 


Demandas no segundo turno


Fuad afirmou que, ao longo do segundo turno, teve a oportunidade de visitar diversas comunidades em Belo Horizonte, que ele percebeu terem sido "abandonadas" pela prefeitura. "Percebi que o programa de governo tem que ser melhor adaptado para isso, principalmente o trabalho em vilas e favelas, comunidades mais carentes, que, de certo modo, foram abandonadas", disse Fuad, destacando a necessidade de uma atuação mais próxima da prefeitura nesses locais.


Dentre as novas propostas, Fuad mencionou a criação de uma coordenadoria central de relacionamento com as vilas e favelas, além de iniciativas voltadas para o empreendedorismo e a qualificação profissional. "Já estabelecemos alguns projetos novos, como um curso de formação para jovens, para que possam entrar no mercado de trabalho, um financiamento para o empreendedor que queira começar um negócio, com a prefeitura emprestando dinheiro", disse.

 


O prefeito também enfatizou a importância de finalizar obras em andamento e de estreitar a relação com o setor empresarial, ressaltando que ouviu demandas para uma maior aproximação com a prefeitura. "Essa visita que fizemos trouxe muitas sugestões novas, e o plano de governo será ajustado para que possamos definir o trabalho muito mais voltado para a demanda, a necessidade daquelas pessoas", concluiu.


Prefeito rebate críticas de Engler


O prefeito também rebateu as críticas do seu adversário Engler ao seu livro "Cobiça", publicado em 2020. À imprensa, Fuad destacou que a obra é uma ficção e afirmou que o uso de trechos do livro na campanha eleitoral mostra a falta de propostas de Engler. O prefeito classificou a atitude como um "ato de desespero" do adversário, alegando que Engler estaria "inventando coisas" para tentar prejudicá-lo.


“Se a gente quiser discutir literatura, vamos começar a chamar Nelson Rodrigues, Bocage, Jorge Amado. Vamos discutir a literatura como um todo. Pegar um livro que tem uma passagem, que uma moça mente para uma pessoa, para explorar e usar para falar que eu que fiz isso e aquilo é não conhecer literatura, é não saber que ficção é assim mesmo”,  disse Fuad, sem entrar em detalhes sobre o conteúdo do livro ou as passagens exploradas por Engler.

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