O comando da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instituiu uma comissão para analisar a possibilidade de ser concedido aos servidores vale-refeição e pagamento de hora-extra em dinheiro. O colegiado foi instituído no último dia 16/10 e terá prazo de 45 dias para concluir os trabalhos. 

 

Um grupo de estudo semelhante foi criado no começo deste mês pelo novo comando da Polícia Militar. De acordo com o Sindicato da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), cobrada pela entidade de classe, a Polícia Civil publicou, no último dia 16/10, no Diário Oficial do Estado, uma resolução para esse fim.  


O Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen-MG) também reivindica a criação de um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de esses benefícios também serem estendidos à categoria. De acordo com a entidade, o comando da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) informou ao Sindipol-MG que uma comissão semelhante já está sendo providenciada. 




O objetivo desses grupos de estudo é receber sugestões das forças de segurança sobre a possibilidade de conceder vale-alimentação para os integrantes das forças de segurança mineira. A categoria tem cobrado do estado valorização profissional e vem fazendo manifestações públicas contra a política remuneratória do governador Romeu Zema (Novo).

 

Um das manifestações deste ano chegou a ser realizada em Araxá (Alto Paranaíba), terra natal de Zema, em junho deste ano.


O auxílio para alimentação deverá ser estendido às outras categorias das forças de segurança (bombeiros e policiais civis e penais), excluídas do direito a esse benefício por meio de um decreto publicado em 2016 pelo então governador Fernando Pimentel (PT).

 

O pagamento das horas-extras em dinheiro e não mais em folgas também é uma maneira de elevar o salário da categoria que está na ativa, sem impactar muito a folha de pagamento, pois a medida não alcançaria os policiais aposentados e pensionistas. 


As entidades de classe da categoria reivindicam um aumento de 37% referentes às perdas inflacionárias desde o governo Pimentel e vem fazendo manifestações, ameaças de greve e o movimento batizado de “estrita legalidade”, que propõe que as ações policiais no estado sejam executadas apenas em condições adequadas de trabalho e previstas em lei, o que estaria contribuindo para a queda dos índices da segurança pública. 

 

 

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