O último dia do horário eleitoral gratuito do segundo turno da campanha pelo comando de Belo Horizonte (PBH) foi ocupado majoritariamente pelo atual prefeito Fuad Noman (PSD), que disputa a reeleição. Ele obteve dois minutos de resposta dos cinco que seu adversário, o deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL), teria direito. Com isso, Fuad ficou com 70% do tempo total de propaganda eleitoral. 




No rádio e na televisão, a campanha de Fuad disse que Engler foi punido pela Justiça por “tentar enganar o eleitor”. “Enquanto Bruno mente, Fuad responde com a verdade”, diz um trecho do direito de resposta que rebate acusações feitas por Engler, em seu tempo de propaganda eleitoral, a respeito do funcionamento do Centro de Especialidades da Mulher e do Centro de Especialidades Médicas de Venda Nova. A réplica motivou a perda de parte do horário do candidato bolsonarista. "Só em 2023, mais de 38 mil pacientes foram atendidos, e em 2024, esse número já superou os 44 mil", destacou a campanha do atual prefeito.


 

“Não adianta mentir, Bruno Engler. O eleitor, assim como a Justiça, está atento, tanto às propostas sérias de Fuad, quanto as mentiras que você tenta, em vão, espalhar”, complementa a narradora do direito de resposta, depois de apresentar números sobre o atendimento e a quantidade de profissionais das duas unidades municipais de saúde.

 

Em seu último dia de horário, Fuad fez um programa usando dois temas: trabalho e amor, em resposta aos ataques de Engler e às acusações de que o adversário faltou a quase metade das sessões de votação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desde que assumiu o mandato, em 2019.  “Vote no trabalho”, foi um dos motes mais repetidos durante o programa. O candidato também prometeu a continuidade das obras em curso durante sua gestão e novos investimentos. E defendeu que “BH com amor é muito melhor”. 

 

 

Apelo ao eleitor 

Na sequência do direito de resposta, entrou a propaganda de Engler que, ao lado de sua candidata a vice-prefeita, Coronel Cláudia (PL), usou seus três minutos para apresentar as propostas da dupla para a capital. Entre elas, a melhoria na sinalização semafórica, a criação de uma casa de atendimento ao autista e de centros de acolhimento à população em situação de rua, a melhoria da cobertura vacinal e a abertura da “caixa-preta da BHTrans” (Empresa Municipal de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte), mesma promessa feita pelo ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (sem partido), em sua primeira campanha à PBH. 


O candidato e a vice na chapa do PL também fizeram um apelo ao eleitor que votou branco, nulo ou se absteve no primeiro  turno para que compareça às urnas. Na primeira fase da disputa, 588.699 pessoas, o que representa 29,54% do eleitorado, não foram às urnas, a maior abstenção da história de BH. Outros 136.851 eleitores, ou 9,72% do total, votaram branco ou nulo para o cargo de prefeito. 


Engler também garantiu ter feito uma “campanha limpa”, apontando, segundo ele, “os problemas de BH”. 

 


O candidato também exibiu uma imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que veio a BH duas vezes em apoio à sua eleição – uma no primeiro turno, e outra semana passada –, e cenas da campanha, além de prometer uma “gestão completamente diferente”. Engler também destacou que foi, entre os dez candidatos que disputaram o primeiro turno, o mais votado em todas as seções eleitorais. 

 

 

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