Órgãos de inteligência noticiaram ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que 70 candidatos às eleições municipais deste ano no estado são suspeitos de ligação com o crime organizado.
Destes, dez foram eleitos para o cargo de vereador e dois para prefeito, de acordo com informações recebidas pelo tribunal. A corte diz que não pode dar mais detalhes, por se tratar de informação sigilosa.
Os dados devem ser encaminhados ao Ministério Público para a adoção de providências, como, por exemplo, averiguar o cabimento de Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) para apuração de gastos ilícitos ou abuso de poder econômico, entre outras.
A Folha de S.Paulo já havia noticiado que um dos focos de promotores do Ministério Público em diferentes partes do país será a análise de relatórios de inteligência e cruzamento de dados para analisar se há provas de que candidatos tiveram suas campanhas beneficiadas pelo crime organizado.
No caso de candidatos eleitos, esse tipo de ação pode levar à cassação do mandato e à inelegibilidade por oito anos -esta última pena cabe também àqueles que tenham perdido nas urnas.
O desafio principal deve ser na reunião de provas de injeção de verbas vindas de organizações criminosas. Um outro foco se refere a crimes relacionados ao pleito, como o de coação eleitoral.
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O prazo para ingressar com Aijes é o fim do processo eleitoral, que ocorre com a diplomação dos eleitos, em dezembro.