A vereadora Emília Corrêa (PL) foi eleita prefeita de Aracaju neste domingo (27/10). Ela ficou à frente de Luiz Roberto (PDT) para o comando da capital de Sergipe.


 

Com 98,25% das urnas apuradas, a candidata apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha 57,42% dos votos válidos, ante 42,58% de Luiz Roberto, de acordo com o TSE.

 

 

Emília Corrêa iniciou sua trajetória de mandatos eletivos em 2016, quando foi eleita vereadora pela primeira vez. Foi reeleita em 2020 e dois anos depois foi candidata a vice-governadora na chapa liderada por Valmir de Francisquinho (PL), que acabou sendo impugnada pela Justiça Eleitoral.

 

Defensora pública aposentada e vereadora, Emília se posicionou como candidata pela mudança e contra o "sistemão".

 

 

Recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro em agosto, mas não utilizou da imagem dele em suas redes sociais, o que foi uma tendência no Nordeste neste segundo turno. Na disputa do primeiro turno, ela ficou com 41,62% dos votos, e Luiz Roberto, 23,86%.

 

Mesmo ligada ao campo bolsonarista, Emília evitou as chamadas pautas de costumes, comum entre outros candidatos conservadores que concorreram em outras capitais brasileiras.

 

Durante a campanha, ela preferiu abordar temas mais locais, como zeladoria, saúde e o preço do IPTU, que prometeu congelar por dois anos caso eleita. No segundo turno, ela também compromisso com os servidores públicos, além de encontro com a juventude.

 

Emília também afirmou que, se eleita, abriria a "caixa preta" da gestão atual, que, segundo ela, teria feito empréstimos exorbitantes e obras milionárias.

 

Seu vice é o jornalista e vereador Ricardo Marques, também do PL.

 



 

Por outro lado, o candidato derrotado no segundo turno, Luiz Roberto, foi apoiado pelo atual prefeito da capital (PDT), Edvaldo Nogueira, e pelo governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), por quem foi nomeado secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura.

 

Também recebeu apoio de personalidades de outros estados, como a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; a Ministra da Saúde, Nísia Trindade; e o prefeito de Recife, João Campos (PSB).

 

Aracaju

 

Aracaju é governada por Edvaldo Nogueira desde 2016. O atual prefeito está no terceiro mandato eleito. Também venceu a eleição de 2008, quando era do PCdoB. Antes, integrou a prefeitura de Marcelo Deda (PT).

 

Neste segundo turno, os candidatos derrotados Candisse Carvalho (PT), Delegada Danielle (MDB) e Niully Campos (POSL) anunciaram apoio a Luiz Roberto.

 

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Terceira colocada na disputa com 14,5% dos votos, a deputada federal Yandra Moura (União Brasil) declarou neutralidade, mesmo fazendo parte da base aliada do governador Fábio Mitidieri, um dos fiadores da candidatura pedetista.

 

Aracaju foi a única capital brasileira que teve maioria feminina na disputa pela prefeitura. Ao todo, foram oito candidatos a prefeito, sendo cinco mulheres.

 

No primeiro turno, a campanha na capital sergipana teve um episódio de violência envolvendo o partido a prefeita eleita.

 

O militante petista Charles Belchior Fontes Silva, foi arrastado por dois quilômetros durante carreata liderada pelas candidatas petistas Candisse Carvalho e Professora Rosângela.

 

O PT registrou boletim de ocorrência contra o candidato a vereador Flávio da Direita Sergipana (PL), apontado como suposto autor do atropelamento e de ter arrastado o militante.

 

O candidato a vereador pelo PL afirmou que integrantes de sua comitiva teriam sido "agredidos e quase linchados por covardes do PT" após terem mostrado uma carteira de trabalho para a candidata Candisse.

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